Nome do Projeto
Museu de Ciências Morfológicas
Ênfase
Extensão
Data inicial - Data final
10/05/2020 - 10/05/2024
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Biológicas
Eixo Temático (Principal - Afim)
Educação / Tecnologia e Produção
Linha de Extensão
Pessoas com deficiências incapacidades, e necessidades especiais
Resumo
Segundo o censo de 2017, os tipos de deficiência mais presentes entre os ingressantes no ensino superior, no Brasil, são a deficiência auditiva, baixa visão e a deficiência física. Entretanto, as leis, políticas e núcleos de apoio que possibilitam a entrada no ambiente universitário, se intensificaram somente nas últimas duas décadas, por isso são necessárias muitas medidas para auxiliar neste processo. Assim como também discussões acerca de uma melhor preparação no ensino fundamental e médio, através de metodologias alternativas. Este cenário retrata a importância de serem construídas estratégias para democratizar o aprendizado, em conjunto com uma equipe multidisciplinar e alunos com deficiência. Na área das Ciências Morfológicas, modelos didáticos tridimensionais favorecem o processo de aprendizagem a população em geral, e são fundamentais para pessoas com deficiência visual, e surdas entender eventos que ocorrem em âmbito macro e microscópico, principalmente nas estruturas mais complexas. Nessa situação, explorar o sentido visual aliado a percepção tátil colabora para uma melhor concepção e aprendizado efetivo das Ciências da Natureza e suas Tecnologias. A alfabetização científica, tem o potencial de auxiliar no processo de compreensão do universo e dos fenômenos da natureza. Possibilita o estabelecimento de conexões entre os conceitos e os temas biológicos veiculados pela mídia. Entretanto, alguns fatores podem tornar a apropriação desse direito fora de alcance aos portadores de deficiência o que não se justifica em uma geração com múltiplas possibilidades advindas da tecnologia. Por isso, o objetivo do projeto consiste em Favorecer o aprendizado sobre os órgãos e sistemas do corpo humano e promover autonomia através da utilização de sensores de aproximação, ativadores de áudio descrição e de legendas, para permitir a construção do conhecimento de forma autônoma. O projeto, para implementação do Museu de Ciências Morfológicas, será realizado no departamento de morfologia da UFPel e no laboratório de Eletrônica do IFSul – Campus Pelotas. Participarão do projeto, professores e alunos da duas Instituições, assim como também outros colaboradores externos. As ações incluirão a captação de recursos para confecção dos Modelos Biológicos em 3D, mapeamento de imagens de órgãos do corpo humano e formação de um banco de imagens que servirão como moldes na confecção dos modelos biológicos. Antes do processamento de cada modelo a equipe se reunirá para decidir detalhes em relação a impressão o local e forma de colocação dos sensores. A eficiência dos sensores, e a adequação dos alunos cegos e surdos será avaliada periodicamente. por uma equipe multidisciplinar. Durante a vigência do projeto, a divulgação dos resultados ocorrerá anualmente em eventos e artigos submetidos para publicação em periódicos indexados. Os modelos biológicos sensoriados serão disponibilizados em local adequado, para acesso da comunidade escolar, à medida que os relatórios com as avaliações forem liberados. A avaliação final do projeto será realizada por um seminário, no qual os produtos serão apresentados a comunidade diretiva das escolas e autoridades do município, com o intuito de torna-los multiplicadores da importância da inserção dos recursos no planejamento escolar.

Objetivo Geral

Favorecer o aprendizado sobre os órgãos e sistemas do corpo humano e promover autonomia através da utilização de tecnologia assistiva.

Justificativa

No Brasil, os tipos de deficiência mais presentes entre os ingressantes no ensino superior, entre outras com menor representatividade, são a deficiência auditiva (12,7%), baixa visão e (27%) e deficiência física (38,6%), segundo o Censo 2017 (INEP, 2019). Entretanto, como as leis, políticas e núcleos de apoio que possibilitam a entrada no ambiente universitário, se intensificaram somente nas últimas duas décadas, são necessárias muitas medidas para auxiliar neste processo (DE MELO e GARCIA, 2016). Assim como também discussões acerca de uma melhor preparação no ensino fundamental e médio, através de metodologias alternativas. Este cenário retrata a importância de serem construídas estratégias para democratizar o aprendizado, em conjunto com uma equipe multidisciplinar e alunos com deficiência para a implementação do Museu de Ciências Morfológicas.
Na área das Ciências Morfológicas, modelos didáticos tridimensionais facilitam o processo de ensino e aprendizagem a população em geral e são fundamentais para pessoas com deficiência visual, entender eventos que ocorrem em âmbito macro e microscópico principalmente nas estruturas mais complexas (SOUZA e FARIA, 2011; KATO et al., 2016). A comunidade surda também tem vivido, geralmente, à margem do desenvolvimento científico-tecnológico, pois o ensino de ciências inclui uma série de conceitos abstratos, enquanto a cultura dos surdos é calcada na realidade. Dessa forma, geralmente, ocorre dificuldade em adaptar os conceitos científicos e transmitir esse conhecimento em Libras. Nessa situação explorar o sentido visual aliado a percepção tátil colabora para uma melhor concepção e aprendizado efetivo das Ciências da Natureza e suas Tecnologias.
CHASSOT (2003) salienta o potencial da alfabetização científica, para auxiliar no processo de compreensão do universo e dos fenômenos da natureza. O domínio do conhecimento científico, além de propiciar que os estudantes estabeleçam conexões entre os conceitos aprendidos com a atualidade, promove a compreensão de temas biológicos veiculados pela mídia. O conhecimento desses temas permite ao ser humano explorar e explicar mecanismos de evolução, reprodução e organização da vida, além de desenvolver o pensamento para uma participação consciente no mundo. Entretanto, alguns fatores podem tornar a apropriação desse direito fora de alcance aos portadores de deficiência o que não se justifica em uma geração com múltiplas possibilidades advindas da tecnologia.
Os modelos biológicos servirem para facilitar o processo de ensino e aprendizagem, a população em geral, e serem equipados com sensores ativadores de áudio descrição, para utilização por pessoas com restrição visual e com ativadores de legendas, para utilização por pessoas surdas, permitirá a construção do conhecimento de forma autônoma e justificam a aplicabilidade do projeto.

Metodologia

O projeto será realizado no departamento de morfologia da UFPel e no laboratório de Eletrônica do IFSul – Campus Pelotas. Participarão do projeto, professores e alunos da duas Instituições, assim como também outros colaboradores externos. As ações iniciarão com a captação de recursos para confecção dos Modelos Biológicos em 3D, através de buscas por editais de agências de fomento, entidades filantrópicas, embaixadas e redes empresariais. De forma concomitante, a equipe responsável pelo mapeamento de moldes de órgãos do corpo humano, realizará uma busca na internet por arquivos na extensão STL, formando um banco de dados, com a descrição do layout dos órgãos de forma tridimensional, que servirão como moldes na confecção dos modelos biológicos. Após definido quais modelos tridimensionais serão utilizados para realizar a confecção dos primeiros órgãos ocorrerá o planejamento dos detalhes referentes a impressão, como, temperatura, tipo de material, qualidade, preenchimento, posição, espessura da impressão, velocidade e tipo de filamento. Antes do processamento de cada modelo a equipe se reunirá para decidir o local e forma de colocação dos sensores ativadores de áudio descrição, para utilização por pessoas com restrição visual e com ativadores de legendas, para utilização por pessoas surdas. A eficiência dos sensores, localizados nos modelos biológicos, e a adequação dos alunos cegos da Escola Louis Braille e surdos da escola Especial Alfredo DUB, a esses recursos, será avaliada periodicamente. A avaliação será realizada por uma equipe multidisciplinar, composta por membros da equipe que planejaram os modelos biológicos e os sensores de aproximação, profissionais da escola Louis Braille e da escola Especial Alfredo DUB e pedagogos. Durante a vigência do projeto, a divulgação dos resultados ocorrerá anualmente em eventos nacionais e internacionais e artigos serão submetidos para publicação em periódicos indexados. À medida que os relatórios com as avaliações forem liberados, os modelos biológicos sensoriados serão disponibilizados em local adequado, para acesso da comunidade escolar. A avaliação final do projeto será realizada por um seminário no qual os produtos serão apresentados a comunidade diretiva das escolas e autoridades do município, com o intuito de torna-los multiplicadores da importância da inserção dos recursos no planejamento escolar.

Indicadores, Metas e Resultados

Indicadores
Desenvolver estratégias que contribuam para a captação de 100% dos recursos necessários para a efetivação das ações;
Elaborar modelos biológicos de 90% dos órgãos do corpo humano até novembro de 2023
Implantar sensores de aproximação com legendas e áudio descrição em 100% dos órgãos confeccionados;
Apresentar resumos para três eventos nacionais e um internacional durante a vigência do projeto e submeter dois artigos para periódicos em Educação e Educação Especial.
Metas
Atingir órgãos de fomento com ações de captação de recursos;
Elaborar modelos biológicos de órgãos do corpo humano em 3D;
Produzir resumos e artigos durante a vigência do projeto.
Atingir no mínimo 30% da comunidade escolar de Pelotas e municípios.
Resultados Esperados
Obtenção de financiamento e parcerias;
Confecção de todos os órgãos e sistemas do corpo humano em impressora 3D;
Implantar sensores nos modelos biológicos em 3D e avalição positiva de sua eficácia;
Publicação em Anais de Congressos Nacionais e Internacionais;
Compreensão da morfologia de órgãos e sistemas através dos modelos biológicos;
Permitir a formação de recursos humanos através da inserção de aluno de graduação no projeto;
Promoção de recursos da tecnologia assistiva para auxiliar pessoas sem visão ou audição no reconhecimento de órgãos e sistemas.

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
ANA LUISA SCHIFINO VALENTE
ANA PAULA NUNES4
ANDERSON FERREIRA RODRIGUES
ANELISE DA SILVA NUNES
ANELISE LEVAY MURARI
Bruna Martins Eberhardt
CARLOS ALBERTO ALVES TAVARES4
DENNER JARDIM PORTO
EDUARDA NACHTIGALL DOS SANTOS
FABIANE BELETTI DA SILVA
FABIANE CARVALHO BOHN
FABIANE KNEPPER ZEHETMEYR FERNANDES
GUSTAVO CASARIN DA SILVA
ISADORA DIAS ROMAGNOLI
IURI HORNKE TUCHTENHAGEN
JOAO PEDRO MONASSA DOS SANTOS
JOAO PEDRO SILVA CARDOSO
JOSEANE JIMENEZ ROJAS4
LAURA BEATRIZ BOTAFOGO DE OLIVEIRA5
LAURA CARDIA PEREIRA BORGES
LUCAS SCHNEIDER LOPES
LUIS AUGUSTO XAVIER CRUZ
LUIZ FERNANDO MINELLO3
Luciane da Silva Martins
MARA LUIZA SILVEIRA RODRIGUES
MARIA GABRIELA TAVARES RHEINGANTZ5
MARIANA SCHNEIDER MOYSÉS
MARIANA SOARES VALENCA4
MARLA PIUMBINI ROCHA4
MELISSA NOVACK OLIVEIRA RIBEIRO
MORGANA BASSI FERREIRA
Mateus Casanova dos Santos4
Milena Morais Ferreira Cerva
MÁRCIA ELISA SILVEIRA RODRIGUES
PRISCILA FERREIRA DA SILVA
RAFAEL GIANELLA MONDADORI4
RAPHAELA FARIAS FERREIRA
REJANE PETER
RENATO AZEVEDO DE AZEVEDO
ROSANGELA FERREIRA RODRIGUES8
Raymundo Carlos Ferreira Filho
SAMIR ROSA DOS SANTOS
SAMUEL DA SILVA JULIAO
SANDRA MARA DA ENCARNACAO FIALA RECHSTEINER4
SUZANA MENDONÇA ABREU

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