Nome do Projeto
Desenvolvimento de um novo produto enriquecido com resíduos de indústria da região
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
08/03/2021 - 31/10/2027
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Agrárias
Resumo
O Rio Grande do Sul é um estado que vem crescendo de maneira significativa, em relação a olivicultura, alcançando a produção de cerca de 180 mil litros de azeite em 2018. O novo produto insere-se numa perspectiva de desenvolvimento dos território do Sul do RS em função da instalação recente de olivais na região. Esta é uma atividade que gera uma série de resíduos, como as folhas de oliveira. Apesar de as folhas possuírem altos índices de compostos que trazem benefícios para a saúde, ainda não possui valor comercial. O presente estudo pretende desenvolver um novo produto a partir das folhas de oliveira, para ser consumido na forma de infusão/chás, com propriedades funcionais para o consumidor. No Rio Grande do Sul, um destes produtos que é altamente consumido é o chimarrão, sendo considerado um produto medicinal (PONTIN, 2010; GUGLIUCCI, 1996), o chimarrão faz parte da tradição dos nativos do sul do Brasil, do Uruguai, parte da Argentina e parte do Paraguai. De outro lado, as folhas de oliveiras também possuem muitos benefícios, como por exemplo, no tratamento de cânceres, e auxilia na atividade antioxidante do organismo (GOULAS et al., 2009; VOGEL et al., 2015), podendo complementar a funcionalidade do chimarrão feito da erva mate (Ilex Paraguariensis). Além disto, existe a questão social e cultural, pois ao se ter a intenção de incluir esta folha no dia a dia de uma população, cuja tradição é do chimarrão, fica evidente o alvo da pesquisa, trazendo o chimarrão para dentro de uma ciência inovadora e oferecendo a seus consumidores um produto com mais benefícios. As folhas de oliveira serão doadas pela empresa Estância Guarda Velha de Pinheiro Machado, RS e a erva mate doada pela empresa Barão de Cotegipe. Serão realizadas 4 formulações, sendo a F1 100% erva mate, F2 100% folha de oliveira, F3 uma mistura (75% erva mate + 25% folha de oliveira) e F4 outra mistura (70% erva mate + 20% folha de oliveira), as avaliações serão: composição química, centesimal, compostos bioativos, atividade antioxidante, atividade antimicrobiana, zimografia, aceitação sensorial, vida útil através do teste de sobrevivência. Pretende-se obter resultados, que possam contribuir para a produção de um novo produto alimentício utilizando folhas de oliveira e erva mate e infusão/chá, possibilitando proporcionar benefícios para a saúde humana e valorizar um dos resíduos da olivicultura. A divulgação do projeto prevê ações voltadas para a produção de patente, publicação de artigos técnicos, trabalhos em congressos e artigos científicos.

Objetivo Geral

Desenvolver um novo produto a partir de folhas de oliveira com propriedades funcionais

Justificativa

A população vem buscando cada vez mais qualidade de vida, uma das formas são as dietas regadas com o azeite de oliva, isso fez com que o consumo e a produção da cultura aumentasse considerável nos últimos anos. Aliado a este interesse por uma melhor qualidade de vida, a indústria alimentar vem procurando antioxidantes naturais, com propriedades funcionais, reduzindo desta forma os antioxidantes sintéticos que podem trazer prejuízos a saúde (SIGER et al., 2012). Desta forma, as folhas de oliveira e a erva mate poderão ser fontes destes compostos naturais.
A olivicultura é uma cultura que gera uma série de resíduos, um deles é a folha da oliveira. O beneficiamento destes resíduos está em uma fase inicial, com estudos apontando alternativas, e no caso particular da folha, existem vários benefícios aos consumidores.
Existem estudos (TEZCAN et al., 2017; KANEKO et al., 2019) que comprovam que este insumo, que hoje em dia é tratado como um resíduo da olivicultura, tem potencial benéfico a saúde e bem estar. Visto que, culturalmente ingerir chás/ervas medicinais trás melhorias na qualidade de vida, entende-se que o mesmo pode ocorrer com a folha da oliveira.
Além disto, existe a questão social e cultural, pois ao se ter a intenção de incluir esta folha no dia a dia de uma população cuja tradição é do chimarrão, fica evidente o alvo da pesquisa, trazendo uma infusão/chá, como o chimarrão para dentro de uma ciência inovadora e oferecendo a seus consumidores um produto com mais benefícios, uma vez que os dois insumos, individualmente, apresentam uma série de vantagens (CAMARA et al., 2020; KANEKO et al., 2019; TATE et al., 2020; TEZCAN et al., 2017).

Metodologia

Material:
As folhas de oliveira serão doadas pela empresa Estância Guarda Velha de Pinheiro Machado, RS e a erva mate doada pela empresa Barão de Cotegipe. Serão realizadas 4 formulações, sendo a F1 100% erva
mate, F2 100% folha de oliveira, F3 uma mistura (75% erva mate + 25% folha de oliveira) e F4 outra mistura (70% erva mate + 20% folha de oliveira).
Métodos:
As avaliações serão: composição química, centesimal (pH, teor de umidade, teor de cinzas, teor de lipídios, teor de proteínas, teor de fibras, teor de carboidratos), compostos funcionais (fenólicos, flavonóides, taninos, clorofila), atividade antioxidante (ABTS, FRAP e DPPH), atividade antimicrobiana (disco difusão, concentração inibitória mínima e concentração bactericida mínima), zimografia (metaloproteinases), aceitação sensorial (escala hedônica e intenção de compra) e vida útil através da análise de sobrevivência sensorial (escalonada em câmaras BOD).

Indicadores, Metas e Resultados

Como indicadores e metas a serem alcançadas tem-se que as folhas de oliveiras misturadas à erva mate resultarão em um novo produto com propriedades funcionais; que a mistura da erva mate com o composto de folhas de oliveiras, produzirá um novo produto sensorialmente aceitável pelos consumidores de chimarrão e de infusões e chás e que a mistura irá melhorar as propriedades funcionais do chimarrão e de infusões e chás. Além da meta de produzir um produto patenteável.
Como resultados esperados: a atividade biológica por meio de teste de zimografia de várias composições de erva mate e folhas de oliveiras, não apresentarão compostos quimicamente tóxicos; as propriedades nutricionais e funcionais da erva mate, da folha de oliveira e da incorporação serão potencialmente ricos e benéficos a saúde dos consumidores, que as formulações apresentarão atividade antimicrobiana contra bactérias e fungos; e ainda, a troca de conhecimentos com profissionais da área, através de ações conjuntas e eventos relacionados com os temas envolvidos

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
ADRIANA FERNANDES DA SILVA1
ALICE PEREIRA LOURENSON
ALICE PEREIRA LOURENSON
CAMILA CASTENCIO NOGUEIRA
DANIELA SANCHES MEDEIROS
FERNANDA MEDEIROS GONCALVES8
LAYLA DAMÉ MACEDO
LUANA SOUZA RODRIGUES
MAICON DA SILVA LACERDA
MARCIA AROCHA GULARTE12
MARIO DUARTE CANEVER5
VIOLETA GONÇALVES HENCES
WELLINGTON LUIZ DE OLIVEIRA DA ROSA1

Fontes Financiadoras

Sigla / NomeValorAdministrador
UFPel / Universidade Federal de PelotasR$ 143.712,00UGR
Oliva Agroindústria LTDA / Oliva Agroindústria LTDAR$ 20.000,00Coordenador
PROAP/CAPES / Coordenação de Aperfeiçoamento de Nível SuperiorR$ 3.000,00Coordenador

Plano de Aplicação de Despesas

DescriçãoValor
339030 - Material de ConsumoR$ 20.000,00
339018 - Auxílio Financeiro a EstudantesR$ 143.712,00

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