Nome do Projeto
Bagaço de azeitona na dieta de codornas de postura
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
12/05/2021 - 03/05/2023
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Agrárias
Resumo
A produção de aves no Brasil cresce de forma acentuada desde a década de 70. Com um mercado consumidor interno e externo promissores, a indústria tem voltado a sua atenção a promover produtos com alta qualidade e com reduzido custo produtivo, o que impulsiona o crescimento avícola nacional ano após ano. Analisando o contexto mundial da produção animal, necessita-se de meios alternativos que diminuam os gastos com a alimentação, que representam cerca de 70% dos custos totais. E, com a limitação de grãos e o consequente aumento do seu preço de aquisição, principalmente de milho e farelo de soja, devido a maior demanda para produção de biocombustível e biodiesel, a procura por alimentos alternativos com bom valor nutricional e baixo custo tem crescido nos últimos anos. No Brasil, a coturnicultura se encontra em constante desenvolvimento e tem sido alvo de constantes pesquisas para promover a ascensão do setor. A criação de codornas por muito tempo foi considerada apenas como uma atividade de subsistência. Entretanto, o seu desenvolvimento em âmbito nacional projeta grandes expectativas futuras. Estudos vêm sendo realizados buscando-se matérias-primas de qualidade capazes de substituir os ingredientes tradicionais, em especial os mais caros, como as fontes proteicas e energéticas. O uso de alimentos alternativos ao milho e ao farelo de soja, que sejam mais econômicos, ricos nutricionalmente e que possam ser incluídos nas dietas dos animais é uma maneira de reduzir as despesas totais da produção. Mas, para isso, é necessário que haja disponibilidade do ingrediente e que não apresente fatores antinutricionais que possam afetar negativamente o desempenho zootécnico e/ou a saúde das aves. No Brasil, as oliveiras foram introduzidas no século XVI e atualmente as áreas de plantio estão crescendo na região sul do país, devido a condições climáticas favoráveis ao crescimento da planta. Em julho de 2015 foi lançado, no Rio Grande do Sul, o Programa Estadual de Olivicultura, cujo objetivo de fornecer apoio à expansão do setor que atualmente ocupa cerca de 1.500 ha de área de colheita, especialmente na Metade Sul do Estado e uma área plantada de cerca de 5.500 ha. O resíduo gerado pela indústria olivícola possui elevado valor nutricional, que pode ser reaproveitado para outros fins como, por exemplo, a nutrição animal. Ainda segundo os mesmos autores, os resíduos da olivicultura contêm cerca de 8% de lipídios, 7% de proteínas, 4% de minerais e 1% de fenóis. Portanto, a utilização do resíduo proveniente da indústria de extração do azeite de oliva, como o bagaço da azeitona, por exemplo, pode se constituir em uma excelente alternativa para utilização na alimentação animal, pois é um subproduto comprovadamente rico em nutrientes capazes de suprir as necessidades nutricionais dos animais. O objetivo do projeto é avaliar a inclusão do bagaço de azeitona como ingrediente na dieta de codornas japonesas em postura, verificando o seu efeito sobre a digestibilidade, metabolismo, desempenho produtivo, qualidade interna e externa dos ovos e análise sensorial dos ovos, bem como avaliar características hematológicas, imunológicas e a morfologia intestinal.

Objetivo Geral

Objetivo geral
Analisar o efeito da inclusão do bagaço de azeitona como fonte energética alternativa em substituição parcial ao milho e ao farelo de soja na dieta de codornas de postura, avaliando a sua eficácia sobre o desempenho zootécnico, metabolismo, sistema imune e qualidade dos ovos.

Objetivos específicos
• Avaliar a composição química do bagaço de azeitona;
• Avaliar o desempenho zootécnico de codornas de postura;
• Avaliar a hematologia, imunologia e metabólitos sanguíneos de codornas de postura;
• Avaliar a composição química dos ovos de codornas;
• Avaliar a qualidade sensorial dos ovos de codornas;
• Determinar a digestibilidade aparente do bagaço de azeitona para codornas de postura;
• Avaliar a histologia intestinal de codornas de postura;
• Avaliar a viabilidade econômica da inclusão do bagaço de azeitona na dieta de codornas de postura;
• Avaliar o melhor nível de inclusão do bagaço de azeitona na dieta de codornas de postura.

Justificativa

O presente trabalho se justifica pelo grande volume de resíduo gerado pela indústria da extração do azeite, sem muitas alternativas para o seu descarte, visando uma utilização sustentável na produção animal e gerando economia na elaboração das dietas tanto para as indústrias como para os produtores rurais.
A qualidade nutricional do resíduo mostra grande potencial de utilização como alimento alternativo na dieta de não-ruminantes, capaz de promover desempenho semelhante aos insumos comumente utilizados, como o milho e o farelo de soja. Atualmente, o Brasil encontra-se como um dos maiores produtores e exportadores do seguimento avícola mundial. Com isso, busca-se constantemente a evolução na produção através de métodos que possam tornar o segmento mais rentável e sustentável, sem interferir na qualidade produtiva.
Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o plantel de codornas cresceu em 2018 e alcançou a marca de 16,8 milhões de aves, um aumento de 3,9% frente a 2017, resultando em 297 milhões de dúzias de ovos produzidos (IBGE, 2019).
Esse segmento é uma opção para a exploração avícola, pois é uma cultura com manejo simplificado. As codornas possuem rápido crescimento, precocidade sexual, postura e rusticidade elevadas e baixo consumo de alimento (BERTECHINI, 2010).
Vários estudos foram realizados com a utilização do bagaço de azeitona na dieta de aves de produção como frangos de corte (RABAYAA et al., 2001; AL-HARTHI, 2016; SATERI et al., 2017) e poedeiras comerciais (AFSARI et al. 2014; AL-HARTHI et al., 2009; GHASEMI et al., 2014; TAKLIMI et al. 1999). No entanto, poucos estudos foram realizados utilizando o coproduto na alimentação de codornas de postura.
Em 2018, Ibrahim e colaboradores avaliaram a utilização do bagaço de azeitona (inclusão de 5 e 10%) submetido à irradiação (técnica utilizada para reduzir a ação de polissacarídeos não amiláceos presentes no bagaço) na dieta de codornas de postura e testaram o desempenho produtivo das aves. No ano seguinte, em 2019, El-Moneim e Sabic estudaram a utilização conjugada do bagaço de azeitona (inclusão de 5 e 10%) e do fungo Aspergillus awamori (considerado um probiótico natural) no desempenho zootécnico de codornas japonesas.
Dessa forma, alcançar índices maiores de inclusão do bagaço de azeitona, como por exemplo 15 e 20%, na dieta das aves permitirá que seja realizada uma análise de regressão para verificar qual o nível ótimo de inclusão do coproduto na dieta de codornas.
As características internas e externas que representam a qualidade dos ovos são de extrema importância para o mercado consumidor. Aspectos como características da casca e peso do ovo são levados em consideração quanto à qualidade externa, influenciando diretamente na comercialização do produto. Já a cor da gema, consistência e coloração da clara, além da composição química, como por exemplo, percentuais de proteína e gordura, são características internas e influenciam na aceitabilidade do produto pelo consumidor, podendo agregar valor ao produto comercializado. Portanto, é importante que seja avaliada não somente a produtividade das aves, mas também a qualidade dos ovos produzidos.
De acordo com Rios et al. (2014), a concentração de carotenoides totais em diferentes genótipos de milho disponíveis no mercado pode variar de 15,3 a 31,6 μg/g. Segundo Gallardo-Guerrero et al. (2002) o bagaço de azeitona, por sua vez, pode conter de 2 a 6 mg/kg de carotenoides totais em sua composição, dependendo do tipo de extração do óleo utilizado pela indústria (1, 2 ou 3 fases). Portanto, essa quantidade de pigmentação proveniente da azeitona é muito superior a encontrada no milho grão, principal ingrediente utilizado na alimentação das aves e principal responsável pela pigmentação dos ovos, pele e carne.
O perfil lipídico dos resíduos provenientes da extração do azeite de oliva também é um fator importante a ser considerado para a composição química dos ovos. Isso porque, sabe-se que 65% da matéria seca em ovos é composta por gordura (Herkel et al. 2016) e o perfil dos ácidos graxos nos ovos pode ser alterado de acordo com a fonte de gordura fornecida às aves através da dieta, podendo-se favorecer a inclusão de gorduras insaturadas e redução da saturada (Khan et al., 2017). A qualidade das gorduras na alimentação humana é extremamente importante, pois existe relação negativa entre a saúde humana e as gorduras saturadas, e relação positiva com as insaturadas (Erkkila et al. 2003).
Segundo Rajaeifar et al. (2016) a porção lipídica presente no bagaço de azeitona é rica em ácido oleico (aproximadamente 77%) que pertence a série dos ácidos graxos insaturados. Comparando o coproduto à principal fonte de gordura na dieta das aves, o óleo de soja, esse ácido está presente em quantidades três vezes inferior (23%) (Jorge et al., 2005).
Em estudo realizado com suínos, Liotta et al. (2019) avaliaram a inclusão de 5 e 10% do bagaço de azeitona na dieta sobre o desempenho e qualidade de carne. Os animais alimentados com dietas contendo 10% de inclusão apresentaram menor deposição de gordura intramuscular (1,33 g/100 g) comparados com os animais do tratamento controle (2,26 g/100 g), ou seja, uma carne mais magra disponível para o mercado consumidor. Nesse mesmo estudo, os autores também avaliaram a composição lipídica da gordura intramuscular e verificaram maior concentração do ácido oleico na gordura dos animais que receberam o bagaço de azeitona e, também, menor concentração do ácido saturado palmítico. Resultados semelhantes foram obtidos em outro estudo por Joven et al. (2014), também utilizando diferentes níveis de inclusão do bagaço de azeitona na dieta de suínos e avaliando a qualidade de carne.
Esses resultados sugerem que a inclusão do bagaço de azeitona na dieta de codornas de postura possa alterar o perfil lipídico dos ovos, tornando a concentração de ácidos monoinsaturados superior e diminuindo a porção de ácidos saturados. Inúmeros estudos demonstram a importância para a saúde animal e humana da ingestão reduzida de ácidos graxos saturados e os benefícios do consumo dos ácidos graxos monoinsaturados, em especial o ácido oleico. Segundo Sales-Campos et al. (2013) a ação do ácido oleico está relacionada à diminuição dos níveis de colesterol, pressão arterial e risco de aterogênese. Esse ácido graxo também está envolvido na diminuição de efeitos inflamatórios em doenças autoimunes e auxilia em processos do sistema imunológico.
Os lipídios atuam no sistema imune através de diversos mecanismos. Dentre eles, a produção de eicosanoides, alteração da fluidez de membrana, modificação do estresse oxidativo e modulação da microbiota intestinal (Puertollano et al. 2010). O ácido oleico, com alta concentração na porção lipídica presente nos produtos de oliva, está intimamente ligado aos processos imunomodulatórios e proliferação de células imunes como as células T de defesa (Carrillo et al. 2012). Assim sendo, acredita-se que o bagaço de azeitona, por apresentar grande quantidade de ácido oleico em sua composição e ser coproduto do azeite de oliva, possa atuar de forma semelhante no sistema imune dos animais.
Portanto, o presente estudo, em 2021, tem como objetivo incluir níveis crescentes do bagaço de azeitona na dieta de codornas japonesas, alcançando o nível máximo de 20%, e verificar não somente o desempenho zootécnico das aves, mas também outras informações importantes que não foram ainda estudadas. Nos trabalhos citados anteriormente, os diferentes autores testaram o nível máximo de inclusão de 10% do coproduto, tanto para frangos quanto para codornas, e não verificaram por exemplo as características sensoriais da carne ou dos ovos produzidos pelas aves.


Metodologia

Metodologia

1. Análise Bromatológica
Amostras do bagaço de azeitona serão analisadas no Laboratório de Nutrição Animal/FAEM/UFPel, onde serão processadas para a determinação do teor de umidade, matéria seca (MS), extrato etéreo (EE), fibra bruta (FB), cinzas, extrativo não nitrogenado (ENN), fibra detergente neutra (FDN), fibra detergente ácida (FDA), proteína bruta (PB) e energia bruta (EB).

2. Local do Estudo
O estudo será executado no Setor de Avicultura (biotério) do Laboratório de Ensino e Experimentação Zootécnica (LEEZO) Professor Renato Rodrigues Peixoto do DZ – FAEM – UFPel.

3. Animais Experimentais e Manejo
Serão utilizadas 100 codornas de postura (Coturnix coturnix japonica), com 35 dias de idade, adquiridas de uma granja comercial.
No período que antecede o início do estudo (período de adaptação), até que seja atingido o período de postura, as aves receberão dieta comercial convencional e serão submetidas às mesmas condições ambientais e de manejo.
Ao atingirem o período de postura, as codornas passarão a ser alimentadas com a dieta controle, à base de milho e farelo de soja, ou com as dietas experimentais, formuladas com a inclusão em níveis crescentes do bagaço de azeitona.
As codornas japonesas serão alojadas duas a duas em gaiolas metálicas, dispostas em baterias, com comedouros manuais do tipo calha e bebedouros automáticos do tipo nipple. A sala experimental será com controle de temperatura e umidade, de acordo com as exigências das aves, que serão conferidas e registradas diariamente.
O manejo alimentar será realizado sempre no mesmo horário, diariamente, respeitando as exigências das aves para que não haja influência nos resultados do experimento.

4. Dietas
As dietas serão divididas em cinco tratamentos, compostos pelos diferentes níveis de adição do bagaço de azeitona, conforme apresentado na Tabela 1.

Tabela 1. Tratamentos do experimento testando níveis de inclusão de bagaço de azeitona na dieta de codornas de postura em substituição ao milho e ao farelo de soja.

Tratamentos Níveis de inclusão do bagaço de azeitona (%)
T1 (Controle) 0
T2 5
T3 10
T4 15
T5 20

5. Variáveis Analisadas
Para este estudo, serão avaliadas as variáveis de desempenho zootécnico das codornas japonesas, digestibilidade aparente, hematologia, morfometria e histologia do intestino delgado, qualidade interna e externa dos ovos, análise sensorial dos ovos, viabilidade econômica e qualidade das rações durante o experimento.

5.1 Desempenho zootécnico
As aves serão pesadas no início e no final do experimento, com a finalidade de avaliar o ganho de peso, o consumo de ração e a conversão alimentar. A produção de ovos será avaliada diariamente.

5.2 Digestibilidade aparente
Será realizada após a primeira semana de adaptação das aves às dietas experimentais, avaliadas durante um período de 5 dias. O método utilizado será através da coleta total de excretas, duas vezes ao dia.
As amostras serão pesadas e armazenadas em refrigeração a -10°C. Para a análise bromatológica, o material será descongelado, homogeneizado, secado e moído. Será determinada a quantidade de ração consumida e o total de excretas produzidas por unidade experimental avaliada. As análises químicas das dietas e excretas serão realizadas segundo metodologia da AOAC (2002), avaliando os coeficientes de digestibilidade aparente.

5.3 Análise hematológica
Serão coletadas amostras de sangue através de punção da veia braquial das aves para a análise hematológica, a fim de avaliar hematócrito total (%), hemoglobina (g/dL), glicose (mg/dL), triglicerídeos (mg/dL), albumina (g/dL), colesterol total (mg/dL), colesterol HDL (mg/dL), colesterol LDL (mg/dL), Aspartato Aminotransferase - AST (U/L) e Alanina Aminotransferase - ALT (U/L).

5.4 Histologia do intestino
Para análise histológica do intestino, serão coletadas amostras de 2 cm do duodeno, jejuno e íleo, ao final do período experimental. As amostras serão analisadas no Laboratório de Biologia Celular, Histologia e Anatomia do Desenvolvimento, no Departamento de Morfologia, do Instituto de Biologia/UFPel.

5.5 Qualidade de ovos
Os ovos coletados nos últimos três dias do experimento serão analisados através da avaliação da qualidade interna e externa. Será avaliado o peso do ovo (g), gravidade específica, índice morfológico ((diâmetro/comprimento do ovo) x 100), altura de albúmen (mm), unidade Haugh, peso da gema, da clara e da casca (g), espessura da casca (mm) e a coloração da gema. Esta será avaliada por dois métodos: pelo método subjetivo Leque da DSM e pelo método objetivo, através de colorímetro digital.

5.6 Perfil de ácidos graxos dos ovos
Os lipídeos serão extraídos pelo método Bligh e Dyer (1959) e esterificação segundo a metodologia de Hartman e Lago (1973).
A primeira etapa será realizada no Laboratório de Nutrição Animal (LNA)/FAEM/UFPel e a segunda no Laboratório de Cromatografia e Espectrometria de Massas (LACem), do Departamento de Ciência e Tecnologia Agroindustrial/FAEM/UFPel.

5.7 Análise sensorial dos ovos
Ao final do experimento será realizada a análise sensorial dos ovos produzidos, através de painelistas treinados. As análises serão desenvolvidas no Laboratório de Análises Sensoriais e Instrumentais do Departamento de Zootecnia/FAEM/UFPel.

5.8 Análise de viabilidade econômica
Ao término do experimento será realizada a análise da viabilidade econômica da inclusão do bagaço de azeitona na dieta das codornas, considerando desde a colheita, secagem e processamento, até o preparo das dietas e fornecimento às aves.

5.9 Qualidade das rações
Serão coletadas amostras de cada dieta experimental, por tratamento, com a finalidade de determinar sua qualidade através dos níveis de acidez e peroxidação durante todo o período experimental.
A análise de acidez será realizada no LNA do Departamento de Zootecnia/FAEM/UFPel, enquanto a de peroxidação será feita no Laboratório de Pós-Colheita do Departamento de Ciência e Tecnologia Agroindustrial/FAEM/UFPel.

6. Análise Estatística
Será utilizado o delineamento inteiramente casualizado, em função da uniformidade do ambiente e das aves. Serão utilizados cinco tratamentos, correspondentes aos níveis de inclusão de bagaço de azeitona nas dietas (0, 5, 10, 15 e 20%). As codornas serão distribuídas aleatoriamente aos tratamentos, sendo 20 aves por tratamento. Cada tratamento terá 10 repetições. Serão, portanto, utilizadas 100 codornas no total.
Será verificado se os dados apresentam distribuição normal. A partir de então, os mesmos serão submetidos à análise de variância (ANOVA), com uso de um programa de análise estatística. O modelo estatístico incluirá efeitos do tratamento e do erro.
Para variáveis de desempenho, como consumo de ração, conversão alimentar, ganho de peso e produção de ovos, cada gaiola (com duas aves) será considerada uma unidade experimental. Para outras variáveis, como as referentes à análise hematológica, morfometria e histologia do intestino delgado, cada ave será considerada uma unidade experimental.
As médias dos tratamentos serão comparadas através de contrastes ortogonais e será realizada análise de regressão polinomial a 5% de probabilidade para verificação do nível ótimo de inclusão do bagaço de azeitona nas dietas.

Indicadores, Metas e Resultados

Indicadores
Como indicadores, cada etapa será acompanhada e avaliada, verificando-se o andamento dentro do que fora previamente estabelecido e definindo os ajustes necessários.

Metas
• Transformar o bagaço de azeitona em um produto alternativo e economicamente viável em relação às commodities milho e farelo de soja na dieta de codornas de postura;
• promover o incremento do desempenho das aves com dietas formuladas a mínimo custo;
• produzir dietas balanceadas com qualidade para codornas japonesas utilizando o bagaço de azeitona;
• publicar resumos em congressos, seminários e simpósios sobre a inclusão de bagaço de azeitona em substituição ao milho e ao farelo de soja, nas dietas de codornas japonesas em fase de postura;
• elaborar uma tese de doutorado, resumos científicos e dois artigos científicos a serem publicados em revistas internacionais sobre o estudo realizado.

Resultados Esperados
É esperado que as informações obtidas no presente estudo possam auxiliar os olivicultores e a indústria olivícola a promover um destino nobre ao resíduo gerado da extração do azeite de oliva. Da mesma forma, aos coturnicultores, através da redução do maior custo de produção, que é o referente à alimentação das aves, pela inclusão de um ingrediente alternativo à dieta. Por fim, mas não menos importante, agregar conhecimento ao meio acadêmico-científico, através da publicação de artigos cientificos em revistas internacionais e resumos em congressos científicos, simpósios ou seminários.

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
ALINE ARASSIANA PICCINI ROLL
ANA ELICE FURTADO DA SILVA14
ANDRÉ SILVEIRA DA SILVA14
CAMILA VON MÜHLEN
CAROLINA OREQUES DE OLIVEIRA
DEBORA CRISTINA NICHELLE LOPES13
DÉBORA MINETTI SARTURI
EDUARDO GONCALVES XAVIER52
FERNANDA MEDEIROS GONCALVES19
FERNANDO RUTZ4
IGOR BORGES SOARES
JOSE ULISSES DA SILVA AZAMBUJA
JOSE ULISSES DA SILVA AZAMBUJA32
JOYCE PEREIRA LOPES
RENATA CEDRÊS DIAS
SUELEN NUNES DA SILVA
VICTOR FERNANDO BUTTOW ROLL15

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