Nome do Projeto
Laboratório de Taxidermia: Museu de Ciências Naturais Carlos Ritter
Ênfase
Extensão
Data inicial - Data final
16/09/2024 - 15/09/2026
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Biológicas
Eixo Temático (Principal - Afim)
Meio ambiente / Educação
Linha de Extensão
Educação Ambiental
Resumo
O Museu de Ciências Naturais Carlos Ritter trata-se de um órgão suplementar do Instituto de Biologia da UFPel. Seu acervo se formou a partir da coleção de quadros entomológicos e aves taxidermizadas de Carlos Ritter e, atualmente, possui uma expressiva e importante coleção ligada às ciências biológicas que se caracteriza essencialmente por acervos zoológicos, sendo formado, em grande parte, por diferentes exemplares taxidermizados. Sendo assim, o museu possui um enorme potencial de despertar o interesse do público, utilizando o seu acervo para ações de educação ambiental, que visam chamar a atenção para a importância da biodiversidade e da preservação do meio ambiente.
A taxidermia trata-se de uma técnica que visa preservar a aparência e a forma natural de animais, permitindo que sejam exibidos de forma realista para fins educacionais, científicos e expositivos.
A palavra taxidermia é proveniente do vocabulário grego táxi que significa cortar, separar; e dermi equivalente a pele externa de um animal. Segundo a etimologia da palavra, podemos definir a taxidermia como arte de tirar a pele dos animais com objetivo de conservá-la e montá-la. (Técnicas Modernas de Taxidermia (FILHO, A. C. 2002)
Além de possuir o seu acervo biológico de importância histórica, recentemente o museu passou a produzir novas peças taxidermizadas através da aquisição de indivíduos provenientes do Núcleo de Reabilitação da Fauna Silvestre (NURFS), órgão suplementar do Instituto de Biologia da UFPel, que atua através do resgate e o cuidado médico e ambiental de animais. Quando os animais resgatados acabam vindo a óbito, uma parte é destinada ao museu para a produção das novas peças.
Tendo em vista a vasta coleção didática que tem se formado com estes animais no museu, o presente projeto busca a produção de novas peças para a instituição que possibilitem ações itinerantes em escolas da rede de ensino básico, comunidades da periferia e eventos externos de Pelotas e região, que necessitam a retirada de peças do museu para exposição. Além disso, o projeto também possibilitará o aprendizado da técnica da taxidermia para discentes da UFPel através de oficinas e minicursos, para além da própria atuação dos alunos no projeto.
Objetivo Geral
Aprimorar o museu, trazendo impacto tanto para a comunidade em geral, como para a comunidade acadêmica e escolas de ensino básico da região através de atividades de ensino e extensão.
Justificativa
Tendo em retrospectiva toda a trajetória histórica da taxidermia, sabe-se do contexto em que, por vezes, a técnica foi alvo de determinados preconceitos, provenientes de um histórico em que a taxidermia era considerada hobby e esporte, sendo vinculada com a imagem de violência e morte animal, indo contra a conservação, a ética animal e a natureza, sendo ecologicamente não sustentável. No entanto, atualmente, a taxidermia trata-se de uma atividade importante para a conservação do patrimônio natural e cultural do país, e deve ser utilizada para fins educacionais tanto acadêmicos quanto sociais. É importante que haja um esforço para ressignificar a prática, esclarecer seus propósitos e demonstrar sua utilidade para a sociedade e para o conhecimento científico. Sendo assim,
Animais atropelados ou animais traficados que acabam morrendo por já serem apreendidos com a saúde debilitada e também aqueles que morrem em zoológico e centros de recuperação animal devem ser, sempre que possível, aproveitados para a taxidermia, já que podem ser utilizados para diferentes fins dependendo da qualidade do material e dos dados obtidos (REIS, 2011, p. ?)
Com a educação ambiental aliada a taxidermia, pode-se despertar mais empatia nas pessoas com relação aos animais e assim também desmistificar a técnica. Os animais taxidermizados no museu serão utilizados em práticas de educação ambiental tendo em vista mostrar para a comunidade a realidade de animais silvestres e como cada vez mais eles sofrem com a ação humana, buscando disseminar o conhecimento sobre a biodiversidade e contribuir para a preservação das espécies, visto que:
A taxidermia se insere no contexto de Educação Ambiental como um instrumento eficaz despertando nas pessoas o sentimento de proteção, em especial à fauna, pois os animais utilizados neste processo são, em sua grande maioria, vítimas diretas do desrespeito à natureza, afetando, desse modo, todo meio ambiente. Na maioria das vezes estes animais são atropelados nas estradas e rodovias, onde saem em busca do alimento escasso em seu habitat natural. (ROCHA, 2010, p. ?)
A taxidermia, além de tudo, é inclusiva, pois uma criança ou adulto com deficiências visual (tanto pessoas cegas quanto as de baixa visão) só conhece a morfologia dos animais através da descrição, e animais taxidermizados com produtos que não causem reações adversas se caracterizam como uma oportunidade dessas pessoas conhecerem esses animais através do tato. Este conhecimento se modifica completamente quando estas pessoas têm a possibilidade de tocar em um animal desses com supervisão adequada em um lugar apropriado. Além das pessoas com deficiência visual, a comunidade como um todo se beneficia também, pois:
Os animais taxidermizados favorecem o aprendizado dos educandos, dando-lhes por intermédio da experimentação direta, laços da natureza com o homem. O indivíduo quando utiliza todos os sentidos, tem a chance de vivenciar emoções e sensações, ao mesmo tempo em que pode ter ciência do animal em seu sentido mais complexo. Essa combinação é importante porque pode ser um embasamento de novos valores que incluam a consciência ecológica e qualidade de vida. (ROCHA, 2009, p. ?).
A realização do projeto irá permitir a divulgação do museu, dinamizando e democratizando o seu acervo, da taxidermia, desmistificando a técnica, e irá auxiliar na difusão dos conhecimentos relativos aos hábitos de vida dos animais. Sendo assim, o projeto se caracterizará como uma ferramenta que irá promover aproximação da comunidade local com o museu e, por consequência, com a Universidade, através de ações que irão convergir conhecimentos de diversas áreas, tais como: biologia, história, química, matemática e sociologia.
Animais atropelados ou animais traficados que acabam morrendo por já serem apreendidos com a saúde debilitada e também aqueles que morrem em zoológico e centros de recuperação animal devem ser, sempre que possível, aproveitados para a taxidermia, já que podem ser utilizados para diferentes fins dependendo da qualidade do material e dos dados obtidos (REIS, 2011, p. ?)
Com a educação ambiental aliada a taxidermia, pode-se despertar mais empatia nas pessoas com relação aos animais e assim também desmistificar a técnica. Os animais taxidermizados no museu serão utilizados em práticas de educação ambiental tendo em vista mostrar para a comunidade a realidade de animais silvestres e como cada vez mais eles sofrem com a ação humana, buscando disseminar o conhecimento sobre a biodiversidade e contribuir para a preservação das espécies, visto que:
A taxidermia se insere no contexto de Educação Ambiental como um instrumento eficaz despertando nas pessoas o sentimento de proteção, em especial à fauna, pois os animais utilizados neste processo são, em sua grande maioria, vítimas diretas do desrespeito à natureza, afetando, desse modo, todo meio ambiente. Na maioria das vezes estes animais são atropelados nas estradas e rodovias, onde saem em busca do alimento escasso em seu habitat natural. (ROCHA, 2010, p. ?)
A taxidermia, além de tudo, é inclusiva, pois uma criança ou adulto com deficiências visual (tanto pessoas cegas quanto as de baixa visão) só conhece a morfologia dos animais através da descrição, e animais taxidermizados com produtos que não causem reações adversas se caracterizam como uma oportunidade dessas pessoas conhecerem esses animais através do tato. Este conhecimento se modifica completamente quando estas pessoas têm a possibilidade de tocar em um animal desses com supervisão adequada em um lugar apropriado. Além das pessoas com deficiência visual, a comunidade como um todo se beneficia também, pois:
Os animais taxidermizados favorecem o aprendizado dos educandos, dando-lhes por intermédio da experimentação direta, laços da natureza com o homem. O indivíduo quando utiliza todos os sentidos, tem a chance de vivenciar emoções e sensações, ao mesmo tempo em que pode ter ciência do animal em seu sentido mais complexo. Essa combinação é importante porque pode ser um embasamento de novos valores que incluam a consciência ecológica e qualidade de vida. (ROCHA, 2009, p. ?).
A realização do projeto irá permitir a divulgação do museu, dinamizando e democratizando o seu acervo, da taxidermia, desmistificando a técnica, e irá auxiliar na difusão dos conhecimentos relativos aos hábitos de vida dos animais. Sendo assim, o projeto se caracterizará como uma ferramenta que irá promover aproximação da comunidade local com o museu e, por consequência, com a Universidade, através de ações que irão convergir conhecimentos de diversas áreas, tais como: biologia, história, química, matemática e sociologia.
Metodologia
Etapa 1: Selecionar as peças a serem taxidermizadas incluindo diferentes grupos taxonômicos (aves, mamíferos, répteis), desde que disponíveis no Museu de Ciências Naturais Carlos Ritter para o desenvolvimento da prática de taxidermia.
Etapa 2: Desenvolvimento do processo de taxidermia no material biológico selecionado, desde o estudo das partes anatômicas de cada peça visando o procedimento correto, a obtenção do material a ser utilizado durante o processo, bem como a utilização e organização do laboratório de taxidermia do referido Museu.
Etapa 3: Finalização do processo de taxidermia com a inclusão das peças no acervo do MCNCR com a identificação do mesmo.
Etapa 4: Divulgação dos resultados da taxidermia incluindo a exposição do acervo para a comunidade em geral, rede de ensino e visitantes em diferentes eventos (dentro e fora do MCNCR), bem com a realização de oficinas e palestras visando o aprendizado de práticas de taxidermia para alunos de diferentes cursos de graduação da UFPel.
Etapa 2: Desenvolvimento do processo de taxidermia no material biológico selecionado, desde o estudo das partes anatômicas de cada peça visando o procedimento correto, a obtenção do material a ser utilizado durante o processo, bem como a utilização e organização do laboratório de taxidermia do referido Museu.
Etapa 3: Finalização do processo de taxidermia com a inclusão das peças no acervo do MCNCR com a identificação do mesmo.
Etapa 4: Divulgação dos resultados da taxidermia incluindo a exposição do acervo para a comunidade em geral, rede de ensino e visitantes em diferentes eventos (dentro e fora do MCNCR), bem com a realização de oficinas e palestras visando o aprendizado de práticas de taxidermia para alunos de diferentes cursos de graduação da UFPel.
Indicadores, Metas e Resultados
O projeto resultará em novas peças para o acervo do museu, na capacitação de alunos na técnica de taxidermia, além da realização de atividades voltadas para a comunidade ao longo da vigência do projeto, como:
Minicursos;
Oficinas;
Palestras;
Exposições itinerantes em escolas ou comunidades que não tem acesso ao museu;
Parcerias com demais laboratórios, cursos e instituições.
Minicursos;
Oficinas;
Palestras;
Exposições itinerantes em escolas ou comunidades que não tem acesso ao museu;
Parcerias com demais laboratórios, cursos e instituições.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
AMANDA VICTORIA NEUMANN | |||
ARTHUR RODRIGUES TAVARES | |||
CRISTIANO AGRA ISERHARD | 2 | ||
DANIEL DIAS QUADRO | |||
FELIPE DIEHL | 2 | ||
LISIANE GASTAL PEREIRA | 3 | ||
LUCCA LILLES GALVAO MACHADO | |||
LUIZ ERNESTO COSTA SCHMIDT | 2 | ||
MAURO MASCARENHAS | 4 |