Nome do Projeto
A comunidade Surda reinventando a arte do balé
Ênfase
Extensão
Data inicial - Data final
05/10/2017 - 21/04/2027
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Multidisciplinar
Eixo Temático (Principal - Afim)
Cultura / Educação
Linha de Extensão
Metodologias e estratégias de ensino/aprendizagem
Resumo
O presente projeto de extensão “A comunidade surda reinventando a arte do balé” surge da necessidade de acesso das pessoas surdas de Pelotas e região à cultura e às artes. Partimos do pressuposto de que a dança e mais especificamente o balé traz muitos benefícios aos seus praticantes e, dessa forma nos fizemos a seguinte questão: pessoas surdas são capazes de dançar? A resposta foi sim, e a partir disso propomos aulas semanais para ensinar à comunidade surda passos básicos dessa técnica tão antiga e muitas vezes inalcançável a população em geral. O projeto também prevê o trabalho com obras consagradas da literatura estrangeira e de balés de repertório como O quebra-nozes e o Lago dos Cisnes, para que os alunos possam ter acesso a estas obras na sua forma visual (espetáculo) e na sua forma escrita, ou seja, acesso à cultura através de dois códigos o visual e o escrito. A metodologia de ensino é pensada para atender as especificidades linguísticas da comunidade surda. Além disso, pretendemos fazer uma busca por sinais próprios da dança na Língua de sinais brasileira e criar um material didático para divulgação desses sinais específicos colaborando para a difusão dessa língua.
Objetivo Geral
Este projeto tem como objetivo geral o incentivo a comunidade surda de Pelotas e região para a prática de atividade física através da aprendizagem de passos básicos do balé clássico. Dentro do objetivo geral que é o ensino de passos básicos de balé para surdos destacamos mais dois objetivos específicos, entre eles:
1) A exploração de significado através de obras clássicas do balé, que contam histórias de forma visual, como O Quebra-nozes, O Lago dos cisnes e A bela adormecida. Além de trabalhar com estas obras na sua visualidade, indo de encontro com o conceito de Pedagogia Visual(LACERDA; SANTOS; CAETANO, 2013) pretendemos trabalhar estas obras na sua forma escrita em português, fazendo sempre menção ao fato de que a língua portuguesa para surdos constitui-se como segunda língua.( KARNOPP; QUADROS, 2004)
2) A elaboração de uma apostila com sinais em Libras específicos da área da dança contribuindo, dessa forma, para a difusão e e ampliação do léxico da Libras.
1) A exploração de significado através de obras clássicas do balé, que contam histórias de forma visual, como O Quebra-nozes, O Lago dos cisnes e A bela adormecida. Além de trabalhar com estas obras na sua visualidade, indo de encontro com o conceito de Pedagogia Visual(LACERDA; SANTOS; CAETANO, 2013) pretendemos trabalhar estas obras na sua forma escrita em português, fazendo sempre menção ao fato de que a língua portuguesa para surdos constitui-se como segunda língua.( KARNOPP; QUADROS, 2004)
2) A elaboração de uma apostila com sinais em Libras específicos da área da dança contribuindo, dessa forma, para a difusão e e ampliação do léxico da Libras.
Justificativa
Projetos que contemplem minorias linguísticas e culturais como a comunidade surda são importantes e justificam-se por contemplarem uma pequena parcela da população que, na maioria das vezes, não possui acesso à cultura e às artes em geral. A comunidade surda se apresenta como grupo em que identidades e culturas se produzem a partir da experiência visual e do compartilhamento de uma língua viso-gestual. A língua de sinais para os surdos é uma marca de suas identidades e o papel das escolas bilíngües para surdos e também das universidade públicas é incentivar essa marca, ou seja, valorizar o ensino e difusão desta língua como elemento característico de uma cultura e propiciador de comunicação entre seus pares e com o mundo ouvinte. No entanto, a comunidade dos ouvintes que é majoritária tem pouco ou nenhum conhecimento sobre a língua de sinais brasileira e sobre as especificidades lingüísticas e culturais da comunidade surda. A Área de Libras da Universidade Federal de Pelotas- UFPEL participa ativamente das ações que envolvem a comunidade surda de Pelotas, e é compromisso de nossa instituição dar retorno de nossos estudos e nossas pesquisas a este grupo através da criação de projetos de extensão. Dessa forma, justificamos o presente projeto devido à falta de acesso das pessoas surdas em freqüentarem uma aula de dança, de balé ou até mesmo de prestigiar espetáculos culturais em teatros, pois esses espaços não oferecem acessibilidade através de tradutores-intérpretes da Libras- Língua brasileira de sinais.
Metodologia
A metodologia de trabalho para a execução deste projeto será focado no conceito de Pedagogia Visual e de semiótica imagética, ou seja, trabalhar com elementos visuais como imagens, filmes, projeção para atender as especificidades de aprendizagem da comunidade surda. Alunos da graduação em específico alunos do curso de Licenciatura em Dança da UFPEL que já tenham cursado a disciplina de Libras 1 ou que estejam cursando serão convidados a colaborarem no projeto e em específico nas aulas práticas. Dessa forma, estaremos preparando nossos graduandos para pensarem estratégias metodológicas para ensinar alunos surdos. Será ofertada a comunidade uma aula por semana com duração de 1h 15 minutos. As aulas aconteceram nas dependências da UFPEL, ou na Faculdade de Dança ou na Escola Superior de Educação Física, visto que precisamos de uma sala com piso para dança e barra.
Indicadores, Metas e Resultados
Com este projeto esperamos contribuir para a inclusão das pessoas surdas através do acesso ao conhecimento de uma técnica consolidada como o balé, ou seja, acesso aos conhecimentos de grande obras da literatura estrangeira e de balés de repertório trabalhando conjuntamente com a obra na sua forma visual (espetáculo e teatro) e com a obra na sua forma escrita em português.
1) Também esperamos contribuir em uma melhora na saúde das pessoas surdas e na sua autoestima, uma vez que a técnica do balé auxilia na flexibilidade, tonicidade, força muscular, equilíbrio, coordenação motora e concentração dos alunos. E por último, esperamos contribuir para difusão da Libras, uma vez que será preciso pesquisas para conhecer sinais específicos para a dança, se estes já existem e se estão incorporados ao léxico da Libras.
1) Também esperamos contribuir em uma melhora na saúde das pessoas surdas e na sua autoestima, uma vez que a técnica do balé auxilia na flexibilidade, tonicidade, força muscular, equilíbrio, coordenação motora e concentração dos alunos. E por último, esperamos contribuir para difusão da Libras, uma vez que será preciso pesquisas para conhecer sinais específicos para a dança, se estes já existem e se estão incorporados ao léxico da Libras.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
ADRIENE LAURA FRIGO ROCHA | |||
AGNES LENZ ROMERO | |||
ALINE DE CASTRO E KASTER | 30 | ||
ANA GABRIELA DA SILVA VIEIRA | |||
ANA PAULA MARTINS LEAL | |||
ANGELA NEDIANE DOS SANTOS | 30 | ||
ARNALDO ANTÔNIO DUARTE DE DUARTE JUNIOR | |||
Angélica Ferreira de Andrade | |||
CÁSSIA JULIANA REICHOW CHAVES | |||
DANIEL LOPES ROMEU | 30 | ||
EDUARDO MARTINS BEMFICA | |||
Elise Avila Rodrigues da Silva | |||
FABIANO SOUTO ROSA | 30 | ||
FERNANDA CAROLINE SILVEIRA PERETTA | |||
IVANA GOMES DA SILVA | 34 | ||
JEAN MICHEL CARRETT FARIAS | |||
JOSEANE MACIEL VIANA | |||
KAREN HARTWIG DA SILVA | |||
Karina Ávila Pereira | 43 | ||
LAUREN MATTIAZZI DILLI | |||
LISIÂNI COELHO | |||
LUÍS FELIPE FREITAS BECKER | |||
MADALENA KLEIN | 30 | ||
MARCOS AURÉLIO DA SILVA MARTINS | |||
MARIANA DO PRADO | |||
MARTHA RIBEIRO MARIOT | |||
OTÁVIO AVILA PEREIRA | |||
PATRICIA MICHIE UMETSUBO GONÇALVES | |||
SABRINA PÔRTO REGO | |||
TAIANE CARRILHO ROSA | |||
TATIANA BOLIVAR LEBEDEFF | 30 | ||
Thais Philipsen Grutzmann | 30 | ||
VICTOR TECHERA SILVEIRA | |||
VICTOR TECHERA SILVEIRA | |||
VICTOR TECHERA SILVEIRA | |||
VICTOR TECHERA SILVEIRA | |||
VITÓRIA TASSARA COSTA SILVA |