Nome do Projeto
Biomarcadores sanguíneos na reabilitação de lobos-marinhos-do-sul Arctocephalus australis
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
01/04/2025 - 31/03/2026
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Biológicas
Resumo
O lobo-marinho-do-sul Arctocephalus australis pertence ao grupo dos pinípedes que são mamíferos adaptados à vida aquática e terrestre. A espécie tem uma ampla distribuição pelo continente sul-americano desde o Brasil até o Peru, mas observa-se uma descontinuidade entre a costa chilena. Seu período reprodutivo se dá no verão, e todos os anos um grande número de A. australis chegam ao litoral do Rio Grande do Sul no outono e primavera, onde estão localizadas as duas maiores áreas de concentração de pinípedes no país, os Refúgios de Vida Silvestre do Molhe Leste em São José do Norte e a Ilha dos Lobos, no município de Torres. Anualmente o Centro de Reabilitação de Animais Marinhos (CRAM-FURG) recebe diversos exemplares de A. australis debilitados, assim torna-se relevante estabelecer parâmetros indicadores de sanidade, como valores de hematócrito (HT), proteínas plasmáticas totais (PPT) e peso corpóreo (PC) com o intuito de avaliar biomarcadores sanguíneos para o sucesso na reabilitação do lobos-marinhos.
Objetivo Geral
Avaliar os parâmetros indicadores de sanidade (HT, PPT, PC) ao longo do processo de reabilitação do lobo-marinho-do-sul Arctocephalus australis em cativeiro
Justificativa
A hematologia é um importante indicador de saúde e doenças em animais marinhos (SCHAWACKE et al., 2009). Quando um animal silvestre chega a um centro de reabilitação devido a problemas de saúde, parâmetros hematológicos básicos são ferramentas simples e econômicas para avaliar sua condição (SEQUEL et al., 2016). Através da análise de comparação dos parâmetros sanguíneos, como concentração média de corpúsculos vermelhos (CV) e de leucócitos, hematócrito (HT) médio, e níveis médios de proteínas plasmáticas totais (PPT), considerando tamanho e sexo, pode-se obter informações sobre a saúde geral do animal, e auxiliar na tomada de decisões sobre seu tratamento e recuperação (POLIZZI et al., 2023).
O lobo-marinho-do-sul Arctocephalus australis (Zimmermann, 1783) pertence ao grupo dos pinípedes que são mamíferos adaptados à vida aquática e terrestre (CROCKER E CHAMPAGNE, 2018). A espécie tem uma ampla distribuição pelo continente sul-americano desde o Brasil até o Peru, mas observa-se uma descontinuidade entre a costa chilena (PAVÉS et al., 2007; JEFFERSON et al.,2008). Seu período reprodutivo se dá no verão, e todos os anos um grande número de A.australis chegam ao litoral do Rio Grande do Sul no outono e primavera, onde estão localizadas as duas maiores áreas de concentração de pinípedes no país, os Refúgios de Vida Silvestre do Molhe Leste em São José do Norte e a Ilha dos Lobos, no município de Torres, não havendo colônias reprodutivas no país, os espécimes que aqui ocorrem são majoritariamente oriundos de colônias reprodutivas do Uruguai (ROSAS, 1989; SANFELICE et al., 1999). Machos adultos podem chegar a medir 1,89m e pesar em torno de 159kg, as fêmeas medem até 1,43m e pesam em torno de 48,5kg, demarcando dimorfismo sexual na espécie (CANEVARI E VACCARO, 2007). Já os filhotes podem nascer com até 5,5kg e o comprimento varia de 60 a 65cm. A grande maioria dos animais que chegam ao litoral brasileiro são juvenis de comprimento entre 80 a 100cm, com idade inferior a um ano (SILVA et al., 2014). Sua biologia é bem descrita incluindo ecologia e habitat, comportamento reprodutivo e genética. Mas em contrapartida há poucas informações sobre a hematologia da espécie, algumas sendo relatadas para fêmeas adultas e lactantes, e filhotes de 2 meses de idade (POLIZZI et al., 2023; SEQUEL et al., 2016).
Os centros de recuperação de animais têm como objetivo resgatar e recuperar animais debilitados, para que possam retornar ao seu habitat natural com uma condição saudável. Todo ano entre os meses de julho e outubro o Centro de Reabilitação de Animais Marinhos (CRAM-FURG) recebe diversos exemplares de A.australis debilitados. Foram recebidos dos anos de 2011 a 2023, um total de 166 casos de A.australis juvenis debilitados. Desses animais, 93 foram recuperados e devolvidos para o seu habitat. Alguns dados hematológicos foram coletados e armazenados no banco de dados do CRAM, consistindo em hematócritos, glóbulos brancos, proteína plasmática total e glicose. Dados como perfil hematológico e relação peso-comprimento foram coletados na entrada e saída dos indivíduos no centro.
Nesse contexto, a busca por alternativas rápidas e práticas para tomada de decisões na reabilitação de animais marinhos se torna indispensável, visto que o A. australis é a espécie de pinípede com maior recorrência no território brasileiro, e o monitoramento das análises sanguíneas tem se mostrado eficaz e com grande potencial para estudos com a espécie.
O lobo-marinho-do-sul Arctocephalus australis (Zimmermann, 1783) pertence ao grupo dos pinípedes que são mamíferos adaptados à vida aquática e terrestre (CROCKER E CHAMPAGNE, 2018). A espécie tem uma ampla distribuição pelo continente sul-americano desde o Brasil até o Peru, mas observa-se uma descontinuidade entre a costa chilena (PAVÉS et al., 2007; JEFFERSON et al.,2008). Seu período reprodutivo se dá no verão, e todos os anos um grande número de A.australis chegam ao litoral do Rio Grande do Sul no outono e primavera, onde estão localizadas as duas maiores áreas de concentração de pinípedes no país, os Refúgios de Vida Silvestre do Molhe Leste em São José do Norte e a Ilha dos Lobos, no município de Torres, não havendo colônias reprodutivas no país, os espécimes que aqui ocorrem são majoritariamente oriundos de colônias reprodutivas do Uruguai (ROSAS, 1989; SANFELICE et al., 1999). Machos adultos podem chegar a medir 1,89m e pesar em torno de 159kg, as fêmeas medem até 1,43m e pesam em torno de 48,5kg, demarcando dimorfismo sexual na espécie (CANEVARI E VACCARO, 2007). Já os filhotes podem nascer com até 5,5kg e o comprimento varia de 60 a 65cm. A grande maioria dos animais que chegam ao litoral brasileiro são juvenis de comprimento entre 80 a 100cm, com idade inferior a um ano (SILVA et al., 2014). Sua biologia é bem descrita incluindo ecologia e habitat, comportamento reprodutivo e genética. Mas em contrapartida há poucas informações sobre a hematologia da espécie, algumas sendo relatadas para fêmeas adultas e lactantes, e filhotes de 2 meses de idade (POLIZZI et al., 2023; SEQUEL et al., 2016).
Os centros de recuperação de animais têm como objetivo resgatar e recuperar animais debilitados, para que possam retornar ao seu habitat natural com uma condição saudável. Todo ano entre os meses de julho e outubro o Centro de Reabilitação de Animais Marinhos (CRAM-FURG) recebe diversos exemplares de A.australis debilitados. Foram recebidos dos anos de 2011 a 2023, um total de 166 casos de A.australis juvenis debilitados. Desses animais, 93 foram recuperados e devolvidos para o seu habitat. Alguns dados hematológicos foram coletados e armazenados no banco de dados do CRAM, consistindo em hematócritos, glóbulos brancos, proteína plasmática total e glicose. Dados como perfil hematológico e relação peso-comprimento foram coletados na entrada e saída dos indivíduos no centro.
Nesse contexto, a busca por alternativas rápidas e práticas para tomada de decisões na reabilitação de animais marinhos se torna indispensável, visto que o A. australis é a espécie de pinípede com maior recorrência no território brasileiro, e o monitoramento das análises sanguíneas tem se mostrado eficaz e com grande potencial para estudos com a espécie.
Metodologia
Os dados a serem analisados serão fornecidos pelo Centro de Reabilitação de Animais Marinhos (CRAM-FURG), dos anos de 2011 a 2023. Serão considerados apenas dados de juvenis. Os dados biométricos e bioquímicos, serão expressos como média ± desvio padrão. As médias serão comparadas por ANOVA de uma via, seguida do teste de Tuckey, e ou pelo teste t de Student, quando as variáveis forem contínuas, normais e homocedásticas, atendendo os pressupostos paramétricos. Variáveis nominais e ou não homocedásticas serão analisadas por ANOVA não paramétrica. Todos os testes seguirão um nível de significância de 5%.
Indicadores, Metas e Resultados
Estabelecer biomarcadores sanguíneos para o sucesso na recuperação do lobo-marinho-do-sul Arctocephalus australis em centros de reabilitação.
Divulgar nota técnica apresentando ao público em geral os principais resultados e a aplicabilidade das conclusões, dando relevância pública à importância do manejo sanitário realizado nos centros de reabilitação de animais silvestres.
Divulgar nota técnica apresentando ao público em geral os principais resultados e a aplicabilidade das conclusões, dando relevância pública à importância do manejo sanitário realizado nos centros de reabilitação de animais silvestres.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
DIEGO MOREIRA DE SOUZA | 2 | ||
GILSON DE MENDONCA | 2 | ||
KAILANE FLORES MARTINS | |||
PAULA LIMA CANABARRO | |||
RICARDO BERTEAUX ROBALDO | 2 |