Nome do Projeto
PROJETO PARA IMPLANTAÇÃO DO "CENTRO CULTURAL ESTAÇÃO FERROVIÁRIA"
Ênfase
Extensão
Data inicial - Data final
21/10/2019 - 25/01/2024
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Sociais Aplicadas
Eixo Temático (Principal - Afim)
Cultura / Educação
Linha de Extensão
Patrimônio cultural, histórico e natural
Resumo
O presente projeto visa apresentar e indicar as diretrizes e etapas para implementação do "Centro Cultural Estação Ferroviária" de Pelotas, Rio Grande do Sul. O principal objetivo do centro é gerenciar, promover e pesquisar sobre a memória e a história dos sujeitos envolvidos com o transporte e a mobilidade urbana da cidade. Gerenciar significa reunir um acervo material (objetos, documentos, fotografias, mapas, entre outros) e imaterial (entrevistas com trabalhadores da estação e de outras formas de transporte, os usuários e moradores do entorno da estação) para alimentar não apenas um memorial dedicado aos trabalhadores e usuários do transporte urbano, mas um centro cultural destinado a produzir e divulgar conhecimento a partir desses vestígios. A promoção não deve ser limitada a produção e exposição de um memorial dos transportes e das formas de mobilidade urbana. Promoção envolve educação. Por essa razão a proposta tem como previsão a implantação de um centro cultural, e não apenas o memorial. A partir do memorial é possível planejar atividades educativas em parceria com escolas municipais e estaduais, das redes públicas e privadas, e com a Secretaria Municipal dos Transportes e Trânsito do município. Entender a historicidade dessas mudanças, como elas afetaram a vida na cidade, faz parte das atividades de um centro cultural destinado a pensar a importância da mobilidade urbana para a região. O centro cultural objetiva não apenas apresentar aspectos relacionadas ao papel social e econômico dos transportes na região, mas alcançar as sociabilidades, sensibilidades, percepções e imaginários em torno da mobilidade urbana. Por isso planejar atividades educacionais que articulem educação, transportes e planejamento urbano é um dos grandes objetivos do centro. As atividades de pesquisa estão relacionadas com a gerência do acervo e com sua promoção. Museus, arquivos, memoriais, bibliotecas não devem ser encarados como depósito de objetos, mas como instituições que guardam, conservam, estudam seu acervo, para proporcionar resultados para a comunidade em que estão inseridos. Como centro cultural, articular as atividades de gerenciamento, promoção e pesquisa é fundamental. Tendo como meta alcançar esses três eixos (gerenciar, promover e pesquisar), a implantação do "Centro Cultural Estação Ferroviária" pode atuar na democratização de um acervo da história da mobilidade urbana local. O projeto propõem, portanto, um centro cultural que transcenda a ferrovia, buscando construir um local de referência sobre transportes e mobilidade urbana no município. Formar esse centro no prédio da estação é fundamental, pois a instalação das estradas de ferro no Rio Grande do Sul, processo que ocorreu, de forma geral, entre as décadas finais do século XIX e início do século XX, assinalou transformações urbanas significativas que afetaram a própria configuração espacial das cidades em que os trilhos foram instalados. A estação férrea é entendida, portanto, como um momento único para os transportes na região e para o desenvolvimento urbano pelotense.
Objetivo Geral
Objetivo geral
Propor a implantação de um centro cultural no prédio da Estação Ferroviária destinado a ser um memorial da estação e um local para pensar sobre o papel dos transportes e da mobilidade urbana no município e região, desenvolvendo atividades de pesquisa e ensino a partir de parcerias entre a Universidade Federal de Pelotas, Prefeitura Municipal de Pelotas e suas secretarias.
Objetivos específicos
• Reunir, preservar e conservar a memória dos ferroviários e demais trabalhadores e passageiros de diferentes modalidades de transporte: local, intermunicipal, comercial.
• Elaborar um plano expográfico para o memorial da estação ferroviária, que apresente a história dos transportes e da mobilidade urbana pelotense, indicando o papel da estação nesse processo.
• Coletar acervo, materiais e imateriais, sobre a estação ferroviária e meios de transporte de Pelotas e região.
• Desenvolver atividades de pesquisa sobre a estação férrea e demais meios de transporte da região a partir do acervo já disponível e da previsão de ampliação do mesmo - objetos, documentos, entrevistas com trabalhadores e passageiros.
• Desenvolver atividades educativas sobre o papel dos transportes, das regras do trânsito, da mobilidade urbana em parceria com a Prefeitura Municipal e demais secretarias: Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito (STT), Secretaria Municipal de Educação e Desporto (SMED), Secretaria Municipal da Cultura (SECULT).
• Buscar parcerias com instituições privadas que tenham interesse em contribuir para o desenvolvimento do centro cultural: empresas vinculadas ao ramo dos transportes e no entorno da estação.
• Construir um espaço de memória e centro cultural destinado aos trabalhadores dos diferentes ramos do transportes, incluindo e envolvendo esses profissionais nos debates sobre a elaboração desse centro, de seus projetos e atividades.
• Organizar eventos, encontros, seminários voltados para pensar, refletir e debater sobre os transportes e o trânsito no município.
• Estabelecer um centro de referência para estudos sobre transportes e mobilidade urbana.
Propor a implantação de um centro cultural no prédio da Estação Ferroviária destinado a ser um memorial da estação e um local para pensar sobre o papel dos transportes e da mobilidade urbana no município e região, desenvolvendo atividades de pesquisa e ensino a partir de parcerias entre a Universidade Federal de Pelotas, Prefeitura Municipal de Pelotas e suas secretarias.
Objetivos específicos
• Reunir, preservar e conservar a memória dos ferroviários e demais trabalhadores e passageiros de diferentes modalidades de transporte: local, intermunicipal, comercial.
• Elaborar um plano expográfico para o memorial da estação ferroviária, que apresente a história dos transportes e da mobilidade urbana pelotense, indicando o papel da estação nesse processo.
• Coletar acervo, materiais e imateriais, sobre a estação ferroviária e meios de transporte de Pelotas e região.
• Desenvolver atividades de pesquisa sobre a estação férrea e demais meios de transporte da região a partir do acervo já disponível e da previsão de ampliação do mesmo - objetos, documentos, entrevistas com trabalhadores e passageiros.
• Desenvolver atividades educativas sobre o papel dos transportes, das regras do trânsito, da mobilidade urbana em parceria com a Prefeitura Municipal e demais secretarias: Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito (STT), Secretaria Municipal de Educação e Desporto (SMED), Secretaria Municipal da Cultura (SECULT).
• Buscar parcerias com instituições privadas que tenham interesse em contribuir para o desenvolvimento do centro cultural: empresas vinculadas ao ramo dos transportes e no entorno da estação.
• Construir um espaço de memória e centro cultural destinado aos trabalhadores dos diferentes ramos do transportes, incluindo e envolvendo esses profissionais nos debates sobre a elaboração desse centro, de seus projetos e atividades.
• Organizar eventos, encontros, seminários voltados para pensar, refletir e debater sobre os transportes e o trânsito no município.
• Estabelecer um centro de referência para estudos sobre transportes e mobilidade urbana.
Justificativa
A justificativa para a construção de um centro cultural voltado para conservação, promoção e pesquisa da história e da memória da mobilidade urbana de Pelotas está centrada, primeiramente, na necessidade de valorizar o espaço urbano ferroviário, que compreende o prédio da estação, o seu entorno (ruas, prédios, trilhos, etc.), o maquinário remanescente e o acervo disponível para construção de um memorial. É importante destacar que conforme indicado no III Plano Diretor de Pelotas instituído pela Lei nº 5.502 de 2008, a Estação Férrea é reconhecida como Foco de Especial Interesse Cultural, por apresentar um estrutura passível de readequação funcional, pelo prédio da estação ser protegido por tombamento municipal, pela importância histórica da área como marco urbano, que compreende também o Largo de Portugal. (RIBEIRO, 2016, p.87-88). Compreendendo a estação férrea como um marco para a história da cidade, dos transportes e da mobilidade urbana, o centro cultural não deve ficar restrito apenas a história da estação, da ferrovia e dos trens. Pelotas foi equipada com um porto fluvial em 1832 e atendida, posteriormente, pela malha ferroviária que ligava a cidade à região da campanha e ao porto de Rio Grande. (BRITTO, 2011, p.45). A ferrovia marca um novo momento na história do estado no que tange aos transportes, desenvolvimento urbano e crescimento populacional das cidades em que foram instaladas estações. Em 1884 é inaugurada a Estação Ferroviária de Pelotas. A linha que passa por Pelotas é uma das quatro principais que foram construídas nas décadas finais do século XIX (essas quatro linhas eram: Estrada de Ferro Porto Alegre - Uruguaiana; Estrada de Ferro Rio Grande - Bagé; Estrada de Ferro Santa Maria - Marcelino Ramos; Estrada de Ferro Barra do Quaraí - Itaqui). (IPHAE, 2002, p. 19). A linha férrea promoveu o desenvolvimento de toda a região, facilitando transporte de mercadorias e pessoas, além do estimulo para o crescimento urbano e populacional. Sua importância para a economia foi fundamental. O período da instalação da estrada de ferro coincide, em Pelotas, com um período identificado por Magalhães (1993) como auge "sócio-cultural" e de expansão urbana, resultado da riqueza acumulada pela economia charqueadora assentada no braço escravo. Portanto, a instalação de uma estação central em Pelotas foi um grande acontecimento, consolidando a posição central que a cidade ocupava no mapa do estado. No entanto, o impacto da estação e da estrada de ferro não foi sentido apenas nas atividades econômicas. Transformações nas formas de sociabilidade urbana também podem ser observadas: "a primeira transformação nas práticas sociais urbanas em virtude da presença ferroviária foi a preparação para a chegada do trem à gare." (SCHMITZ, 2013, p.152). Com a passagem do trem, os periódicos locais forma obrigados a publicar os horários de chegada e partida das locomotivas; os horários dos bondes e demais transportes locais se adequaram ao horário do trem, mudando a rotina cotidiana da mobilidade urbana; foi necessário acompanhar as mudanças nos horários em função dos feriados e finais de semana, com três de excursão e lazer que saiam da cidade para outras localidades. A imprensa, além de se adequar ao novo tempo instaurado pelo trem, encontrou um novo nicho de acontecimentos urbanos para ser explorado, contribuindo para tornar a prática de "partidas" e "chegadas" na estação um hábito citadino. (SCHMITZ, 2013). A chegada do trem, quando trazia um político importante, ou mesmo um cidadão "notório", de alguma família da elite pelotense, passou a constituir um acontecimento que quebrava a rotina urbana. "O espaço da estação, essencialmente construído para um serviço prático de transporte e passageiros, se transformou em um local de festa, abrigando bandas de música e explosões de foguetes," (SCHMITZ, 2013, p.153-154). Ou seja, a estação passou a ser incorporada como um espaço de prática política e representação de status social de determinados passageiros. A prática de ir à estação, em um primeiro olhar, pode parecer comum, ou sem relevância histórica. No entanto, permite entrever o sistema de significados atribuídos ao espaço ferroviário e ao ato de viajar: é como se, ao tomar o trem, o passageiro passasse a instituir uma relação com a cidade - seja de distanciamento ou aproximação, conforme o sentido da viagem - , necessitando do "ritual" das despedidas ou recepções para que esta ligação se efetivasse. (SCHMITZ, 2013, p.159). Esse novo local ensejou, ou ressignificou, novas práticas relacionadas aos transportes e os modos de vida. Ir até a estação era uma prática social que possibilitava aos sujeitos aparecer em um cenário social urbano. "O ato de ir à estação da estrada de ferro para acompanhar ou receber quem viajava, como se pode afirmar pelo número de matérias publicadas pelos jornais, foi se tornando uma prática comum na vivência urbana de Pelotas." (SCHMITZ, 2013, p.179). Juntamente com a afirmação da estação férrea como uma representação do "progresso" e da "modernização" urbana, ensejando alterações nas práticas sociais da urbe, outras representações, também ligadas aos transportes e a ferrovia podem ser destacadas. Michelon (2004) observa algumas imagens que foram importantes para representar o desenvolvimento da cidade, entre o conjunto de fotografias analisados pela autora, meios de transportes e vias de acesso figuram entre as principais representação da cidade nas primeiras décadas do século XX. A ferrovia portanto, está relacionada à procria história do desenvolvimento da cidade. Nos trilhos, além do "progresso", ficaram vivências da população, seja como usuários, funcionários, transeuntes. Toda essa riqueza de possibilidades memoriais e patrimoniais será abordada pelo projeto a fim de dotar o futuro centro com um espaço cultural e educativo, trazendo novamente "vida" à Estação.
Metodologia
Consistirá na pesquisa e reunião de materiais concernentes ao tema; Entrevistas com a comunidade envolvida; Produção de material para a exposição do Centro, incluindo audio-visual.
Indicadores, Metas e Resultados
Espera-se a consolidação do Centro e sua apropriação pela comunidade.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
ADRIANE BORDA ALMEIDA DA SILVA | 2 | ||
ANA MARÍA SOSA GONZÁLEZ | 5 | ||
ANALIA PATRICIA GARCIA | |||
ANDREA LACERDA BACHETTINI | 2 | ||
ANDRÉA CUNHA MESSIAS | |||
ARISTIDES FERREIRA BRANQUINHO TARANTI | |||
BEATRIZ HOBUS HARTWIG | |||
CARLA RODRIGUES GASTAUD | 1 | ||
CARLA ROSANE RIBEIRO DE PAULA | |||
CARLOS EDUARDO AVILA BAUER | |||
CLAUDIA TURRA MAGNI | |||
CRISTIANE DOS SANTOS NUNES | |||
DANIEL REIS GONCALVES | |||
DANIELA DE SOUZA BANDEIRA | |||
DANIELA VIEIRA GOULARTE | |||
DANIELE BORGES BEZERRA | |||
DANIELE BORGES BEZERRA | 6 | ||
DARLAN DE MAMANN MARCHI | |||
DARLAN DE MAMANN MARCHI | 3 | ||
DARLENE VILANOVA SABANY | |||
DENIZE BEATRIZ DIAS SINOTT | |||
DESIRÉE NOBRE SALASAR | |||
EDUARDA GABRIELA AGRELLO AVILA | |||
EDUARDO ROBERTO JORDÃO KNACK | |||
ESTER TEIXEIRA GONCALVES | |||
ETIANE MESSA VALERIO | |||
FELIPPE BEJARANO BAZI | |||
GABRIEL IVAN SOEIRO BICHO | |||
GUILHERME RIBEIRO CORRÊA | 2 | ||
GUILHERME RODRIGUES DE RODRIGUES | |||
GUILHERME RODRIGUES DE RODRIGUES | |||
GUILLERMO STEFANO ROSA GÓMEZ | |||
HAMILTON OLIVEIRA BITTENCOURT JÚNIOR | 4 | ||
JANESSA DE MATTOS CARDOSO | |||
JOAO PAULO AMARO DE MOURA | |||
JOAO VICTOR DOS SANTOS ROSSALES | |||
JOSSANA PEIL COELHO | |||
JUAN DA SILVA MENDES | |||
JULIANA CAVALHEIRO RODRIGHIERO | |||
JULIANA CAVALHEIRO RODRIGHIERO | |||
Juliane Conceição Primon Serres | 15 | ||
LEANDRO INFANTINI DA ROSA | |||
LEILA REGINA DA SILVA FABRES | |||
LEONARDO MONTEIRO ALVES | |||
LIDIANE ELIZABETE FRIDERICHS | 4 | ||
LUCAS MOURA BARBOZA | |||
LUCAS ZUCHOSKI CEGLINSKI | |||
LUCIANA DE CASTRO NEVES COSTA | |||
LUIZ SABINO PEREIRA NETTO | |||
Leandro Freitas Pereira | |||
Leticia Quintana Lopes | |||
MAGDA VILLANOVA NUNES | |||
MARCELO SILVA DOS SANTOS | |||
MARIANA BENITEZ FERRO | |||
MARIANA PLANTZ DOS SANTOS | |||
MARISTELA ZLUHAN FENZKE | |||
NADIA MIRANDA LESCHKO | 2 | ||
PAMELA KAROW DOS SANTOS | |||
RAYANNE MATIAS VILLARINHO | |||
RENAN MARQUES AZEVEDO DA MATA | |||
RICARDO CARDOSO CARDOSO | |||
RITA JULIANA SOARES POLONI | |||
RITA JULIANA SOARES POLONI | 10 | ||
RONNEY BRUNO DA SILVA CORRÊA | |||
SIDNEY GONÇALVES VIEIRA | 2 | ||
SIMONE RASSMUSSEN NEUTZLING | |||
TATIANA AIRES TAVARES | 2 | ||
TATIANE DA SILVA CASSAIS | |||
TATIANI ALVES RODRIGUES DE ABREU | |||
THIAGO BÄRWALDT CARDOZO | |||
TÂNIZE MACHADO GARCIA | |||
VERIDIANE DA ROSA GRIMMLER | |||
VINÍCIUS KRÜGER DA COSTA | |||
VITORIA DE OLIVEIRA SOARES | |||
Valéria Borges |