Nome do Projeto
ETNOARQUEOLOGIA E ETNO-HISTÓRIA GUATÓ NA REGIÃO DO PANTANAL
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
01/03/2020 - 28/02/2028
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Humanas
Resumo
RESUMO: Esta proposta de pesquisa tem por objetivo maior a continuidade e intensificação dos estudos etnoarqueológicos e etno-históricos sobre a presença do povo indígena Guató na região do Pantanal, estados brasileiros de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Está voltada à construção de uma história indígena na perspectiva da longa duração, concatenando diacronicamente temas como território, cultura material, sistema de assentamentos, situação histórica, histórias de vida, memória genealógica, processos de territorialização e construção, cronologia e uso de aterros indígenas. A área de estudo está situada na porção brasileira do Pantanal, a saber: a) Terra Indígena Guató, município de Corumbá, Mato Grosso do Sul; b) Terra Indígena Baía dos Guató, município de Barão de Melgaço, Mato Grosso; c) baixo curso do rio São Lourenço, especialmente a localidade da Barra do São Lourenço, na divisa entre Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, municípios de Corumbá e Poconé; d) alto curso do rio Paraguai, município de Cáceres, Mato Grosso. A execução dos trabalhos será feita de maneira participativa, multivocal e polifônica, contando com equipe de pesquisadores e o protagonismo das comunidades das Terras Indígenas Guató e Baía dos Guató, e também da Barra do São Lourenço e de famílias que vivem em cidades da região, como Cáceres e Poconé, em Mato Grosso, e Corumbá e Ladário, em Mato Grosso do Sul.
Palavras-chave: Arqueologia Indígena, Etnoarqueologia, Etno-história, Índios Guató, Pantanal.
ABSTRACT: This research proposal has as main objective the continuity and intensification of the ethnoarchaeological and ethnohistorical studies on the presence of the Guató indigenous people in the Pantanal region, Brazilian states of Mato Grosso and Mato Grosso do Sul. It is focused on the construction of an indigenous history in the perspective of the long duration, diachronically concatenating themes such as territory, material culture, settlements system, historical situation, life histories, genealogical memory, processes of territorialization and construction, chronology and use of indigenous mounds. The study area is located in the Brazilian portion of the Pantanal, namely: a) Indigenous Land Guató, municipality of Corumbá, Mato Grosso do Sul; b) Indigenous Land Baía dos Guató, municipality of Barão de Melgaço, Mato Grosso; c) low course of the São Lourenço river, especially the locality of Barra do São Lourenço, on the border between Mato Grosso do Sul and Mato Grosso, municipalities of Corumbá and Poconé; d) high river Paraguay, municipality of Cáceres, Mato Grosso. The work will be carried out in a participatory, multivocal and polyphonic manner, with a team of researchers and the protagonism of the communities of Guató and Baía dos Guató Indigenous Lands, as well as Barra do São Lourenço and families living in cities in the region, such as Cáceres and Poconé, in Mato Grosso, and Corumbá and Ladário, in Mato Grosso do Sul.
Keywords: Indigenous Archeology, Ethnoarchaeology, Ethnohistory, Guató Indians, Pantanal.
Objetivo Geral
OBJETIVOS GERAL E ESPECÍFICOS
OBJETIVO GERAL
O objetivo geral desta proposta de pesquisa é dar continuidade e intensificar os estudos etnoarqueológicos e etno-históricos sobre a presença do povo Guató na planície de inundação do Pantanal, estados brasileiros de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Será feito, inclusive, por meio do levantamento de assentamentos indígenas em áreas até então não pesquisadas e cartografadas à luz da etnoarqueologia, como a do alto curso do rio Paraguai no município de Cáceres, para a qual há informações históricas e etnográficas sobre a presença de coletivos Guató. Este é o caso das localidades de Descalvados e adjacências e do Porto da Fazenda Conceição. Nesta última localidade está o Aterro do Capitão Fernandes, ocupado por famílias Guató até, pelo menos, a primeira metade do século XX, onde nasceu a indígena Francolina Rondon, mais conhecida como dona Negrinha, já falecida, interlocutora, nos anos 1990 e 2000, do pesquisador que assina o projeto. Isso será feito através de uma abordagem interdisciplinar, voltada à realização de um estudo sistemático mais focado em aterros indígenas com evidente arquitetura complexa, com o intuito de estabelecer cronologia radiocarbônica a partir da coleta de material orgânico de perfis expostos e discutir elementos de sua constituição e uso no âmbito da história Guató. Dessa maneira, será possível caracterizar, de modo colaborativo, multivocal e polifônico, aspectos das paisagens pantaneiras, permanentemente modificadas, em uma escala de longa duração pelas populações indígenas canoeiras, evidenciadas em práticas de manejo de solo, construções de estruturas monticulares, domesticação de plantas e constituição de locais para atração de caça, como já verificado na literatura arqueológica, etnológica e etno-histórica. Além disso, busca-se criar um ambiente de valorização dos saberes nativos, atendendo a demandas comunitárias para saber sua profundidade temporal em terras tradicionalmente ocupadas.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
De maneira específica, a proposta está voltada para a construção de uma história indígena de longa duração, na qual estão diacronicamente concatenados temas como território, cultura material, sistema de assentamentos, situação histórica, histórias de vida, memória genealógica, processos de territorialização e construção, cronologia e uso de aterros indígenas.
Em termos de objetivos específicos, o presente projeto tem os seguintes propósitos:
a) Produzir e publicar novos estudos sobre os Guató na região do Pantanal, inclusive sobre seu território de ocupação tradicional, incluindo aqui contribuições para o reconhecimento da localidade da Barra do São Lourenço, em Corumbá, como terra tradicionalmente ocupada por comunidade indígena.
b) Estimular a realização de pesquisas arqueológicas, etnoarqueológicas, etnológicas e etno-históricas sobre os povos indígenas no Pantanal, tanto em nível de graduação quanto de pós-graduação, a exemplo da orientação de trabalhos de iniciação científica, conclusão de curso de graduação, dissertações de mestrado e teses de doutorado.
c) Contribuir para a preservação do patrimônio arqueológico indígena na região do Pantanal, principalmente de sítios que estejam em situação de risco de destruição nas áreas tradicionalmente ocupadas, os quais têm sido devidamente levantados, registrados e avaliados quanto ao estado de conservação e relevância para a arqueologia e à história do povo Guató.
d) Valorização da história e da cultura Guató, como forma de empoderamento dos indígenas para fins de reivindicação de direitos junto ao Estado Brasileiro e à sociedade nacional, incluindo a socialização de saberes às comunidades acadêmicas locais.
e) Levantar, organizar e analisar fontes textuais relativas à presença Guató nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, as quais serão disponibilizadas em site a ser construído e disponibilizado gratuitamente para consulta pública.
f) Compreender, no tempo e no espaço, a materialidade das relações sociais e a dinâmica da ocupação tradicional dos Guató na região pantaneira, principalmente ao longo dos rios Paraguai, Cuiabá e São Lourenço.
g) Caracterizar nos sítios arqueológicos, especialmente em estruturas monticulares do tipo aterro, o inventário de plantas manejadas pelos Guató em diversas temporalidades, a fim de discutir aspectos da dieta alimentar, domesticação de plantas e economia indígena em uma escala de longa duração. Para isso, além dos estudos etno e arqueobotânicos tradicionais, como coleta e análise de sedimentos com pólens e fitólitos (corpos de sílica dentro das estruturas vegetativas e reprodutivas das plantas), será fundamental o aprendizado sobre suas práticas de manejo atual, especialmente com as espécies nativas de arroz, palmeiras e outras espécies.
OBJETIVO GERAL
O objetivo geral desta proposta de pesquisa é dar continuidade e intensificar os estudos etnoarqueológicos e etno-históricos sobre a presença do povo Guató na planície de inundação do Pantanal, estados brasileiros de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Será feito, inclusive, por meio do levantamento de assentamentos indígenas em áreas até então não pesquisadas e cartografadas à luz da etnoarqueologia, como a do alto curso do rio Paraguai no município de Cáceres, para a qual há informações históricas e etnográficas sobre a presença de coletivos Guató. Este é o caso das localidades de Descalvados e adjacências e do Porto da Fazenda Conceição. Nesta última localidade está o Aterro do Capitão Fernandes, ocupado por famílias Guató até, pelo menos, a primeira metade do século XX, onde nasceu a indígena Francolina Rondon, mais conhecida como dona Negrinha, já falecida, interlocutora, nos anos 1990 e 2000, do pesquisador que assina o projeto. Isso será feito através de uma abordagem interdisciplinar, voltada à realização de um estudo sistemático mais focado em aterros indígenas com evidente arquitetura complexa, com o intuito de estabelecer cronologia radiocarbônica a partir da coleta de material orgânico de perfis expostos e discutir elementos de sua constituição e uso no âmbito da história Guató. Dessa maneira, será possível caracterizar, de modo colaborativo, multivocal e polifônico, aspectos das paisagens pantaneiras, permanentemente modificadas, em uma escala de longa duração pelas populações indígenas canoeiras, evidenciadas em práticas de manejo de solo, construções de estruturas monticulares, domesticação de plantas e constituição de locais para atração de caça, como já verificado na literatura arqueológica, etnológica e etno-histórica. Além disso, busca-se criar um ambiente de valorização dos saberes nativos, atendendo a demandas comunitárias para saber sua profundidade temporal em terras tradicionalmente ocupadas.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
De maneira específica, a proposta está voltada para a construção de uma história indígena de longa duração, na qual estão diacronicamente concatenados temas como território, cultura material, sistema de assentamentos, situação histórica, histórias de vida, memória genealógica, processos de territorialização e construção, cronologia e uso de aterros indígenas.
Em termos de objetivos específicos, o presente projeto tem os seguintes propósitos:
a) Produzir e publicar novos estudos sobre os Guató na região do Pantanal, inclusive sobre seu território de ocupação tradicional, incluindo aqui contribuições para o reconhecimento da localidade da Barra do São Lourenço, em Corumbá, como terra tradicionalmente ocupada por comunidade indígena.
b) Estimular a realização de pesquisas arqueológicas, etnoarqueológicas, etnológicas e etno-históricas sobre os povos indígenas no Pantanal, tanto em nível de graduação quanto de pós-graduação, a exemplo da orientação de trabalhos de iniciação científica, conclusão de curso de graduação, dissertações de mestrado e teses de doutorado.
c) Contribuir para a preservação do patrimônio arqueológico indígena na região do Pantanal, principalmente de sítios que estejam em situação de risco de destruição nas áreas tradicionalmente ocupadas, os quais têm sido devidamente levantados, registrados e avaliados quanto ao estado de conservação e relevância para a arqueologia e à história do povo Guató.
d) Valorização da história e da cultura Guató, como forma de empoderamento dos indígenas para fins de reivindicação de direitos junto ao Estado Brasileiro e à sociedade nacional, incluindo a socialização de saberes às comunidades acadêmicas locais.
e) Levantar, organizar e analisar fontes textuais relativas à presença Guató nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, as quais serão disponibilizadas em site a ser construído e disponibilizado gratuitamente para consulta pública.
f) Compreender, no tempo e no espaço, a materialidade das relações sociais e a dinâmica da ocupação tradicional dos Guató na região pantaneira, principalmente ao longo dos rios Paraguai, Cuiabá e São Lourenço.
g) Caracterizar nos sítios arqueológicos, especialmente em estruturas monticulares do tipo aterro, o inventário de plantas manejadas pelos Guató em diversas temporalidades, a fim de discutir aspectos da dieta alimentar, domesticação de plantas e economia indígena em uma escala de longa duração. Para isso, além dos estudos etno e arqueobotânicos tradicionais, como coleta e análise de sedimentos com pólens e fitólitos (corpos de sílica dentro das estruturas vegetativas e reprodutivas das plantas), será fundamental o aprendizado sobre suas práticas de manejo atual, especialmente com as espécies nativas de arroz, palmeiras e outras espécies.
Justificativa
RELEVÂCIA OU JUSTIFICATIVA
A relevância deste projeto de pesquisa pode ser compreendida pelas explicações que seguem abaixo.
Em primeiro lugar, pelo fato de ter sido escolhido um tema pouco conhecido e muito pertinente do ponto de vista científico e social, assunto que vai ao encontro da continuidade de pesquisas realizadas no Pantanal a partir das décadas de 1990 e 2000 (Eremites Oliveira, 1995, 1996, 2007a, 2008, 2009, 2002, 2003b, 2004, 2008, 2018; Leite & Eremites de Oliveira, 2012; e outros). Esses estudos têm contribuído para dar maior visibilidade aos Guató, bem como para compreender o complexo processo de ocupação indígena da região pantaneira. Para tanto, a proposta conta com a colaboração de lideranças de comunidades Guató em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, as quais têm participado e dado o apoio necessário para os trabalhos de campo, como tem ocorrido ao longo dos anos 2010.
Em segundo lugar, porque se trata de um projeto a ser executado em uma área que, em sua maior parte, muito recentemente tem sido objeto de pesquisas etnoarqueológicas e etno-históricas sistemáticas e contínuas, realizadas em consonância com avanços teóricos e metodológicos registrados na arqueologia mundial e brasileira, além de campos afins, como a antropologia social e a história. Este é o caso da concatenação do estudo sobre território, cultura material, sistema de assentamentos, situação histórica, histórias de vida, memória genealógica, processos de territorialização e construção, cronologia e uso de aterros indígenas no Pantanal. Seguindo este raciocínio, a literatura etnológica e etno-histórica existente sobre o povo Guató ainda aponta a existência de certa lacuna no que diz respeito ao conhecimento dos processos de territorialização e sua relação com o sistema de assentamento e a cultura material produzida, consumida e distribuída socialmente nas comunidades indígenas. Ademais, em estudos feitos por etnólogos, etno-historiadores e linguistas, muitas vezes há pouca preocupação com questões ligadas ao registro etnográfico da cultura material e mesmo com o georreferenciamento de assentamentos indígenas pretéritos e contemporâneos.
Em terceiro lugar, por perceber que as pesquisas a serem realizadas contribuirão, também, para a preservação do patrimônio arqueológico indígena, aqui visto enquanto conjunto de bens de natureza material, não renovável, e de relevância à história, à cultura e à identidade dos povos originários. Isso porque, dentre outras coisas, ações colaborativas também estão sendo executadas à medida que as pesquisas avançam e há o levantamento de sítios arqueológicos em áreas atualmente ocupadas pelos Guató, como tem sido feito em morros isolados que funcionam como ilhas existentes na lagoa Uberaba e em outros assentamentos nas margens dos rios Cuiabá, São Lourenço e Perigara, em Mato Grosso. Dessa forma, há um retorno prático e em curto prazo do projeto de pesquisa para os indígenas, quer seja em termos da produção e socialização de novos conhecimentos, quer seja pela valorização de sua cultura e a garantia de direitos diante do Estado Brasileiro e da sociedade nacional.
Em quarto lugar, pelo fato de pesquisas desse nível ir ao encontro, ainda, de atividades ligadas à graduação e à pós-graduação no âmbito da academia: a) fortalecimento do curso de Bacharelado em Antropologia/Arqueologia e do Programa de Pós-Graduação em Memória Social e Patrimônio Cultural da UFPel – Universidade Federal de Pelotas; b) oportunidade para a formação inicial de jovens pesquisadores, por meio do incentivo de estudos em nível de iniciação científica, com vistas a uma posterior continuidade dos trabalhos em cursos de mestrado e doutorado.
Em quinto lugar, pela contribuição a ser oferecia para o conhecimento de aterros indígenas existentes tanto no Pantanal como em outras áreas úmidas das Américas, sobremaneira da região platina na América do Sul.
Em sexto e último lugar, por haver na UFPel pessoal qualificado e as condições infraestruturais necessárias para a execução das pesquisas: a) biblioteca com acervo de livros e periódicos nacionais e estrangeiros de interesse à arqueologia, etnologia e etno-história, dentre outros campos do conhecimento científico; b) acesso, pela Internet, a artigos publicados em revistas científicas disponibilizadas no Portal de Periódicos da CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, bem como a documentos existentes no Museu do Índio e na Biblioteca Nacional; c) apoio do LEPAARQ – Laboratório de Ensino e Pesquisa em Antropologia e Arqueologia, da UFPel, com os equipamentos necessários e recursos humanos para os trabalhos de campo e análise laboratorial de material cultural.
A relevância deste projeto de pesquisa pode ser compreendida pelas explicações que seguem abaixo.
Em primeiro lugar, pelo fato de ter sido escolhido um tema pouco conhecido e muito pertinente do ponto de vista científico e social, assunto que vai ao encontro da continuidade de pesquisas realizadas no Pantanal a partir das décadas de 1990 e 2000 (Eremites Oliveira, 1995, 1996, 2007a, 2008, 2009, 2002, 2003b, 2004, 2008, 2018; Leite & Eremites de Oliveira, 2012; e outros). Esses estudos têm contribuído para dar maior visibilidade aos Guató, bem como para compreender o complexo processo de ocupação indígena da região pantaneira. Para tanto, a proposta conta com a colaboração de lideranças de comunidades Guató em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, as quais têm participado e dado o apoio necessário para os trabalhos de campo, como tem ocorrido ao longo dos anos 2010.
Em segundo lugar, porque se trata de um projeto a ser executado em uma área que, em sua maior parte, muito recentemente tem sido objeto de pesquisas etnoarqueológicas e etno-históricas sistemáticas e contínuas, realizadas em consonância com avanços teóricos e metodológicos registrados na arqueologia mundial e brasileira, além de campos afins, como a antropologia social e a história. Este é o caso da concatenação do estudo sobre território, cultura material, sistema de assentamentos, situação histórica, histórias de vida, memória genealógica, processos de territorialização e construção, cronologia e uso de aterros indígenas no Pantanal. Seguindo este raciocínio, a literatura etnológica e etno-histórica existente sobre o povo Guató ainda aponta a existência de certa lacuna no que diz respeito ao conhecimento dos processos de territorialização e sua relação com o sistema de assentamento e a cultura material produzida, consumida e distribuída socialmente nas comunidades indígenas. Ademais, em estudos feitos por etnólogos, etno-historiadores e linguistas, muitas vezes há pouca preocupação com questões ligadas ao registro etnográfico da cultura material e mesmo com o georreferenciamento de assentamentos indígenas pretéritos e contemporâneos.
Em terceiro lugar, por perceber que as pesquisas a serem realizadas contribuirão, também, para a preservação do patrimônio arqueológico indígena, aqui visto enquanto conjunto de bens de natureza material, não renovável, e de relevância à história, à cultura e à identidade dos povos originários. Isso porque, dentre outras coisas, ações colaborativas também estão sendo executadas à medida que as pesquisas avançam e há o levantamento de sítios arqueológicos em áreas atualmente ocupadas pelos Guató, como tem sido feito em morros isolados que funcionam como ilhas existentes na lagoa Uberaba e em outros assentamentos nas margens dos rios Cuiabá, São Lourenço e Perigara, em Mato Grosso. Dessa forma, há um retorno prático e em curto prazo do projeto de pesquisa para os indígenas, quer seja em termos da produção e socialização de novos conhecimentos, quer seja pela valorização de sua cultura e a garantia de direitos diante do Estado Brasileiro e da sociedade nacional.
Em quarto lugar, pelo fato de pesquisas desse nível ir ao encontro, ainda, de atividades ligadas à graduação e à pós-graduação no âmbito da academia: a) fortalecimento do curso de Bacharelado em Antropologia/Arqueologia e do Programa de Pós-Graduação em Memória Social e Patrimônio Cultural da UFPel – Universidade Federal de Pelotas; b) oportunidade para a formação inicial de jovens pesquisadores, por meio do incentivo de estudos em nível de iniciação científica, com vistas a uma posterior continuidade dos trabalhos em cursos de mestrado e doutorado.
Em quinto lugar, pela contribuição a ser oferecia para o conhecimento de aterros indígenas existentes tanto no Pantanal como em outras áreas úmidas das Américas, sobremaneira da região platina na América do Sul.
Em sexto e último lugar, por haver na UFPel pessoal qualificado e as condições infraestruturais necessárias para a execução das pesquisas: a) biblioteca com acervo de livros e periódicos nacionais e estrangeiros de interesse à arqueologia, etnologia e etno-história, dentre outros campos do conhecimento científico; b) acesso, pela Internet, a artigos publicados em revistas científicas disponibilizadas no Portal de Periódicos da CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, bem como a documentos existentes no Museu do Índio e na Biblioteca Nacional; c) apoio do LEPAARQ – Laboratório de Ensino e Pesquisa em Antropologia e Arqueologia, da UFPel, com os equipamentos necessários e recursos humanos para os trabalhos de campo e análise laboratorial de material cultural.
Metodologia
METODOLOGIA
A respeito dos procedimentos teórico-metodológicos adotados para a execução do projeto de pesquisa ora proposto, será feito o uso concatenado de metodologias consagradas nos campos da arqueologia, etnologia e etno-história, situando-as no âmbito dos estudos pós-coloniais (Balandier, 1993 [1951]; Obeyesekere, 1997; Pels, 1997; Spyvak, 2003; González Casanova, 2006; Cooper, 2005; Lander, 2005; Mignolo, 2005, 2008; Scott, 2005; Smith, 2005; Atalay, 2006; Gnecco & Langebaek, 2006; Moro Abadía, 2006; Gnecco, 2009; Eremites de Oliveira, 2016a, 2016b, 2017, 2018; e outras publicações). Esta perspectiva pressupõe a necessidade de perseguir deliberadamente a interdisciplinaridade, pluralizar tradições etnoarqueológicas e etno-históricas, descolonizar as ciências sociais e contribuir para (re) aproximação estratégica, oportuna e inovadora entre vários campos do conhecimento científico no Brasil. Os métodos recorridos serão os seguintes: a) levantamento de antigos e novos assentamentos indígenas a partir de informações orais (memória social) e da observação direta, bem como do registro e análise de material cultural encontrado nesses locais, o que está sendo feito à luz da etnoarqueologia e da etno-história; b) coleta de sedimentos e material orgânico de perfis expostos em sítios arqueológicos para datações radiocarbônicas e análise de pólens e fitólitos; c) aplicação do método etnográfico às pesquisas etnoarqueológicas e etno-históricas; d) uso do método genealógico conjuntamente com a da história de vida. São metodologias bastante seguras e recorridas com sucesso em estudos realizados anteriormente, inclusive para fins de produção de laudos judiciais em Mato Grosso do Sul, sem necessariamente requerer escavações sistemáticas em superfícies amplas (Eremites de Oliveira, 2002, 2012a, 2012b, 2018; Eremites de Oliveira & Pereira, 2009, 2010, 2012).
A etnoarqueologia, cuja potencialidade também diz respeito à interpretação do registro arqueológico, será recorrida para a compreensão do processo histórico e sociocultural dos Guató na região do Pantanal. Significa dizer que a pesquisa etnoarqueológica, concatenada com a etno-histórica, não estará apenas centrada na elaboração de modelos interpretativos para a compreensão de um passado indígena pré-colonial (ver, p. ex., Binford, 1962, 1973, 1978; Gould, 1978; Kramer, 1979; Alcina Franch, 1989; Bahn & Renfrew, 1998; Johnson, 2000; David & Kramer, 2001, 2002; Gamble, 2002; González Ruibal, 2003; Politis, 2009; F. Silva, 2009; dentre muitos outros). A motivação maior, portanto, não será pressupor apenas a necessidade de se realizar analogias históricas, já criticadas por Jones (1997, 2005), Eremites de Oliveira (2007b), González Ruibal (2003) e F. Silva (2009). Será, sobretudo, de compreender processos históricos e socioculturais a partir do diálogo teórico e empírico entre etnoarqueologia e etno-história. Estará mais voltada para o levantamento e compreensão dos assentamentos e análise da cultura material em geral, como estruturas de habitação, equipamentos de caça, pesca, coleta, áreas de cultivo e atração de caça etc., bem como para o reconhecimento de paisagens humanizadas, como palmeirais que existem na região e nas roças dos Guató. Culminará, como até agora tem sido feito, com pesquisas colaborativas, a exemplo dos trabalhos feitos por F. Silva et al. (2012) entre os Asurini na Terra Indígena Koatinemo, Pará, dentre outros (F. Silva, 2014; Bespalez, 2009, 2014; Stuchi, 2010; F. Silva, Bespalez & Stuchi, 2011; Wanderley, 2013; etc.).
O estudo dos assentamentos constitui-se em um tema muito conhecido entre arqueólogos desde o século XX, sendo recorrido para diferentes problemáticas, conforme se constata nos trabalhos de Willey & Phillips (1958), Chang (1968), Trigger (1970, 1978), Fagan (1984), Borrero & Yacobaccio (1989), Alcina Franch (1989), Bernaldo de Quirós (1995), Bahn & Renfrew (1998) e outros. No caso do tema aqui tratado, implica basicamente em compreender o uso desses locais e a historicidade das famílias que neles viveram ou ainda vivem, os motivos de seu abandono e reocupação, as causas que as levaram à instalação de novas habitações em seu território de origem ou próximo a ele e a relação que mantém com o material arqueológico ali existente. Esta perspectiva remete à incorporação dos conceitos de territorialização e processo de territorialização aos estudos etnoarqueológicos no Brasil, haja vista a necessidade de sua aplicação para a compreensão da relação entre cultura material, comportamento humano, historicidade e organização e reorganização sócio-espacial (ver Pacheco de Oliveira, 1988, 1998a, 1998b, 1999,2004, 2012; Eremites de Oliveira, 2012a, 2012b, 2018).
O método etnográfico, também conhecido como observação participante ou observação direta, será recorrido concomitantemente como processo e produto à abordagem etnoarqueológica e etno-histórica, com vistas ao estabelecimento de uma relação simétrica com os interlocutores indígenas. Consiste em produzir observar etnograficamente a vida social e a cultura de grupos humanos. Este procedimento científico foi desenvolvido a partir da segunda metade do século XIX, concomitantemente na Europa e nas Américas (ver, p. ex., Nimuendaju Unkel, 1987 [1914]; Malinowski, 1984 [1922]; Cardoso de Oliveira, 2010; Pujaras, i Muñoz, 2010; Schuch, Vieira & Peter 2010; e outros).
Será ainda aplicado o método genealógico, conjuntamente com o de história de vida, para averiguar a constituição sócio-histórica dos grupos de parentesco, definidos por relações de ancestralidade, consanguinidade, afinidade e aliança política (ver, p. ex., Rivers, 1991; Vansina, 1966; Debert, 1986; Thompson, 1992; Eremites de Oliveira e Pereira, 2009, 2012; Eremites de Oliveira, 2018; dentre outros). Dessa maneira, será possível conhecer a história de vida de pessoas e compreender a trajetória da própria comunidade dentro de seu território. Em um transcurso dessa natureza constam, por exemplo, lugares de nascimento e moradia de muitos indivíduos (assentamentos), áreas utilizadas para atividades de subsistência (caça, pesca, coleta, manejo agroflorestal e agricultura), cemitérios onde foram sepultados familiares, antigos caminhos e trilhas, lugares de significado religioso, áreas e captação de recursos (jazidas de argila e outros) etc. Todos os locais continuarão sendo levantados in loco e serão devidamente georreferenciados com o auxílio de aparelho GPS, e plotados em mapas temáticos que serão produzidos por meio de SIG – Sistema de Informação Geográfica.
O método da história de vida será recorrido por meio de entrevistas individuais e coletivas, registradas em gravador digital e em diários de campo. Trata-se de um método qualitativo tão antigo quanto o são o método etnográfico e o método genealógico.
Acrescenta-se a tudo isso o levantamento e a análise da documentação e bibliografia etnológica e etno-histórica sobre os Guató, atualmente em fase bastante avançada. Estão disponíveis em arquivos públicos, como os da FUNAI, Ministério Público Federal, Biblioteca Nacional, Museu do Índio e Arquivo Público do Estado de Mato Grosso. Muitas fontes foram disponibilizadas na Internet, onde documentos têm sido cada vez mais divulgados para o público em geral.
No trabalho de campo em etnoarqueologia e etno-história, a aplicação desses procedimentos científicos e interdisciplinares requer a construção de um ambiente de empatia, colaboração e respeito entre entrevistadores ou analistas (etnoarqueólogos e etno-historiadores) e entrevistados ou interlocutores (indígenas).
A respeito dos procedimentos teórico-metodológicos adotados para a execução do projeto de pesquisa ora proposto, será feito o uso concatenado de metodologias consagradas nos campos da arqueologia, etnologia e etno-história, situando-as no âmbito dos estudos pós-coloniais (Balandier, 1993 [1951]; Obeyesekere, 1997; Pels, 1997; Spyvak, 2003; González Casanova, 2006; Cooper, 2005; Lander, 2005; Mignolo, 2005, 2008; Scott, 2005; Smith, 2005; Atalay, 2006; Gnecco & Langebaek, 2006; Moro Abadía, 2006; Gnecco, 2009; Eremites de Oliveira, 2016a, 2016b, 2017, 2018; e outras publicações). Esta perspectiva pressupõe a necessidade de perseguir deliberadamente a interdisciplinaridade, pluralizar tradições etnoarqueológicas e etno-históricas, descolonizar as ciências sociais e contribuir para (re) aproximação estratégica, oportuna e inovadora entre vários campos do conhecimento científico no Brasil. Os métodos recorridos serão os seguintes: a) levantamento de antigos e novos assentamentos indígenas a partir de informações orais (memória social) e da observação direta, bem como do registro e análise de material cultural encontrado nesses locais, o que está sendo feito à luz da etnoarqueologia e da etno-história; b) coleta de sedimentos e material orgânico de perfis expostos em sítios arqueológicos para datações radiocarbônicas e análise de pólens e fitólitos; c) aplicação do método etnográfico às pesquisas etnoarqueológicas e etno-históricas; d) uso do método genealógico conjuntamente com a da história de vida. São metodologias bastante seguras e recorridas com sucesso em estudos realizados anteriormente, inclusive para fins de produção de laudos judiciais em Mato Grosso do Sul, sem necessariamente requerer escavações sistemáticas em superfícies amplas (Eremites de Oliveira, 2002, 2012a, 2012b, 2018; Eremites de Oliveira & Pereira, 2009, 2010, 2012).
A etnoarqueologia, cuja potencialidade também diz respeito à interpretação do registro arqueológico, será recorrida para a compreensão do processo histórico e sociocultural dos Guató na região do Pantanal. Significa dizer que a pesquisa etnoarqueológica, concatenada com a etno-histórica, não estará apenas centrada na elaboração de modelos interpretativos para a compreensão de um passado indígena pré-colonial (ver, p. ex., Binford, 1962, 1973, 1978; Gould, 1978; Kramer, 1979; Alcina Franch, 1989; Bahn & Renfrew, 1998; Johnson, 2000; David & Kramer, 2001, 2002; Gamble, 2002; González Ruibal, 2003; Politis, 2009; F. Silva, 2009; dentre muitos outros). A motivação maior, portanto, não será pressupor apenas a necessidade de se realizar analogias históricas, já criticadas por Jones (1997, 2005), Eremites de Oliveira (2007b), González Ruibal (2003) e F. Silva (2009). Será, sobretudo, de compreender processos históricos e socioculturais a partir do diálogo teórico e empírico entre etnoarqueologia e etno-história. Estará mais voltada para o levantamento e compreensão dos assentamentos e análise da cultura material em geral, como estruturas de habitação, equipamentos de caça, pesca, coleta, áreas de cultivo e atração de caça etc., bem como para o reconhecimento de paisagens humanizadas, como palmeirais que existem na região e nas roças dos Guató. Culminará, como até agora tem sido feito, com pesquisas colaborativas, a exemplo dos trabalhos feitos por F. Silva et al. (2012) entre os Asurini na Terra Indígena Koatinemo, Pará, dentre outros (F. Silva, 2014; Bespalez, 2009, 2014; Stuchi, 2010; F. Silva, Bespalez & Stuchi, 2011; Wanderley, 2013; etc.).
O estudo dos assentamentos constitui-se em um tema muito conhecido entre arqueólogos desde o século XX, sendo recorrido para diferentes problemáticas, conforme se constata nos trabalhos de Willey & Phillips (1958), Chang (1968), Trigger (1970, 1978), Fagan (1984), Borrero & Yacobaccio (1989), Alcina Franch (1989), Bernaldo de Quirós (1995), Bahn & Renfrew (1998) e outros. No caso do tema aqui tratado, implica basicamente em compreender o uso desses locais e a historicidade das famílias que neles viveram ou ainda vivem, os motivos de seu abandono e reocupação, as causas que as levaram à instalação de novas habitações em seu território de origem ou próximo a ele e a relação que mantém com o material arqueológico ali existente. Esta perspectiva remete à incorporação dos conceitos de territorialização e processo de territorialização aos estudos etnoarqueológicos no Brasil, haja vista a necessidade de sua aplicação para a compreensão da relação entre cultura material, comportamento humano, historicidade e organização e reorganização sócio-espacial (ver Pacheco de Oliveira, 1988, 1998a, 1998b, 1999,2004, 2012; Eremites de Oliveira, 2012a, 2012b, 2018).
O método etnográfico, também conhecido como observação participante ou observação direta, será recorrido concomitantemente como processo e produto à abordagem etnoarqueológica e etno-histórica, com vistas ao estabelecimento de uma relação simétrica com os interlocutores indígenas. Consiste em produzir observar etnograficamente a vida social e a cultura de grupos humanos. Este procedimento científico foi desenvolvido a partir da segunda metade do século XIX, concomitantemente na Europa e nas Américas (ver, p. ex., Nimuendaju Unkel, 1987 [1914]; Malinowski, 1984 [1922]; Cardoso de Oliveira, 2010; Pujaras, i Muñoz, 2010; Schuch, Vieira & Peter 2010; e outros).
Será ainda aplicado o método genealógico, conjuntamente com o de história de vida, para averiguar a constituição sócio-histórica dos grupos de parentesco, definidos por relações de ancestralidade, consanguinidade, afinidade e aliança política (ver, p. ex., Rivers, 1991; Vansina, 1966; Debert, 1986; Thompson, 1992; Eremites de Oliveira e Pereira, 2009, 2012; Eremites de Oliveira, 2018; dentre outros). Dessa maneira, será possível conhecer a história de vida de pessoas e compreender a trajetória da própria comunidade dentro de seu território. Em um transcurso dessa natureza constam, por exemplo, lugares de nascimento e moradia de muitos indivíduos (assentamentos), áreas utilizadas para atividades de subsistência (caça, pesca, coleta, manejo agroflorestal e agricultura), cemitérios onde foram sepultados familiares, antigos caminhos e trilhas, lugares de significado religioso, áreas e captação de recursos (jazidas de argila e outros) etc. Todos os locais continuarão sendo levantados in loco e serão devidamente georreferenciados com o auxílio de aparelho GPS, e plotados em mapas temáticos que serão produzidos por meio de SIG – Sistema de Informação Geográfica.
O método da história de vida será recorrido por meio de entrevistas individuais e coletivas, registradas em gravador digital e em diários de campo. Trata-se de um método qualitativo tão antigo quanto o são o método etnográfico e o método genealógico.
Acrescenta-se a tudo isso o levantamento e a análise da documentação e bibliografia etnológica e etno-histórica sobre os Guató, atualmente em fase bastante avançada. Estão disponíveis em arquivos públicos, como os da FUNAI, Ministério Público Federal, Biblioteca Nacional, Museu do Índio e Arquivo Público do Estado de Mato Grosso. Muitas fontes foram disponibilizadas na Internet, onde documentos têm sido cada vez mais divulgados para o público em geral.
No trabalho de campo em etnoarqueologia e etno-história, a aplicação desses procedimentos científicos e interdisciplinares requer a construção de um ambiente de empatia, colaboração e respeito entre entrevistadores ou analistas (etnoarqueólogos e etno-historiadores) e entrevistados ou interlocutores (indígenas).
Indicadores, Metas e Resultados
METAS OU IMPACTOS
Durante o período de vigência da bolsa de produtividade em pesquisa do CNPq, quando será desenvolvido o presente projeto de pesquisa, serão envidados os esforços necessários para atingir as seguintes metas:
a) organizar e publicar pelo menos 2 livros ou dossiês temáticos sobre etnoarqueologia e etno-história, 4 capítulos de livro e 8 artigos científicos em periódicos indexados;
b) orientar pelo menos 4 discentes de iniciação científica, 4 dissertações de mestrado e 2 teses de doutorado;
c) participar de ao menos 10 eventos científicos no país e no exterior, com a apresentação de trabalhos e coordenação de Grupos de Trabalho (GTs), Simpósios Temáticos (STs) e Mesas Redondas;
d) participar da banca examinadora de pelo menos 6 dissertações de mestrado e 4 teses de doutorado;
e) coordenar e dinamizar a produção intelectual do LEPAARQ – Laboratório de Ensino e Pesquisa em Antropologia e Arqueologia, grupo de pesquisa cadastrado no CNPq e certificado pela UFPel;
f) oferecer dois minicursos sobre arqueologia, etnoarqueologia e etno-história dos povos indígenas do Pantanal, um em Corumbá, Mato Grosso do Sul, e outro em Cáceres, Mato Grosso, contando com apoio de docentes da UFMS – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e da Unemat – Universidade do Estado de Mato Grosso.
Durante o período de vigência da bolsa de produtividade em pesquisa do CNPq, quando será desenvolvido o presente projeto de pesquisa, serão envidados os esforços necessários para atingir as seguintes metas:
a) organizar e publicar pelo menos 2 livros ou dossiês temáticos sobre etnoarqueologia e etno-história, 4 capítulos de livro e 8 artigos científicos em periódicos indexados;
b) orientar pelo menos 4 discentes de iniciação científica, 4 dissertações de mestrado e 2 teses de doutorado;
c) participar de ao menos 10 eventos científicos no país e no exterior, com a apresentação de trabalhos e coordenação de Grupos de Trabalho (GTs), Simpósios Temáticos (STs) e Mesas Redondas;
d) participar da banca examinadora de pelo menos 6 dissertações de mestrado e 4 teses de doutorado;
e) coordenar e dinamizar a produção intelectual do LEPAARQ – Laboratório de Ensino e Pesquisa em Antropologia e Arqueologia, grupo de pesquisa cadastrado no CNPq e certificado pela UFPel;
f) oferecer dois minicursos sobre arqueologia, etnoarqueologia e etno-história dos povos indígenas do Pantanal, um em Corumbá, Mato Grosso do Sul, e outro em Cáceres, Mato Grosso, contando com apoio de docentes da UFMS – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e da Unemat – Universidade do Estado de Mato Grosso.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
Adriana Schmidt Dias | |||
GIL PASSOS DE MATTOS | |||
GUSTAVO PERETTI WAGNER | 9 | ||
JEFFERSON FOSTER DA SILVA | |||
JORGE EREMITES DE OLIVEIRA | 41 | ||
LUCIANO PEREIRA DA SILVA | |||
MAÍRA DE MELLO SILVA | |||
RAFAEL CORTELETTI | 1 | ||
RAFAEL GUEDES MILHEIRA | 9 |
Fontes Financiadoras
Sigla / Nome | Valor | Administrador |
---|---|---|
CNPq / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico | R$ 52.800,00 | Coordenador |
FAPERGS / Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado Rio Grande do Sul | R$ 59.120,00 | Coordenador |
Plano de Aplicação de Despesas
Descrição | Valor |
---|---|
Bolsas | R$ 52.800,00 |
Outros serviços | R$ 24.000,00 |
Passagens e despesas com locomoção | R$ 14.900,00 |
Despesas com diárias | R$ 14.720,00 |
Combustíveis e lubrificantes | R$ 5.500,00 |