Nome do Projeto
Produção de aerogéis bioativos produzidos a partir de biopolímeros para a aplicação em embalagens de alimentos
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
20/09/2021 - 20/09/2025
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Agrárias
Resumo
Aerogéis são materiais porosos, de baixa densidade, com alta superfície de contato e com capacidade de absorver alto conteúdo de água. Os aerogéis podem ser elaborados a partir de diversos polímeros visando aplicações na área de alimentos, como no setor de embalagens ativas. Este projeto tem como objetivo a produção de aerogéis a base de polímeros biodegradáveis incorporados com extratos bioativos ricos em compostos fenólicos ou óleos essenciais. No primeiro estudo, será realizada a obtenção e caracterização dos polímeros biodegradáveis e dos extratos bioativos ou óleos essenciais com capacidade antioxidante e antimicrobiana, por exemplo. O segundo estudo consistirá na elaboração de aerogéis biodegradáveis e bioativos. Os aerogéis serão caracterizados quanto a morfologia, cristalinidade relativa, estabilidade térmica, absorção de água, atividades antioxidante e antimicrobiana, e quanto a cinética de liberação em diferentes meios simulantes de alimentos. Por fim, os aerogéis serão aplicados formando embalagem ativa de alimentos como absorvedor de umidade e como agente antimicrobiano e antioxidante. Com o projeto pretende-se contribuir para os avanços na área de embalagens elaboradas a partir de polímeros biodegradáveis e com potencial bioativo para aplicação em alimentos.
Objetivo Geral
O projeto tem como objetivo a produção de aerogéis a base de polímeros biodegradáveis incorporados com extratos bioativos ricos em compostos fenólicos ou óleos essenciais para aplicação como embalagem ativa de alimentos.
Justificativa
O setor de alimentos, tanto no âmbito nacional quanto internacional está constantemente impondo novos desafios, por isso, atualmente vem crescendo o desenvolvimento de novos métodos para produzir e distribuir alimentos seguros e estáveis, que retenham, na medida do possível, as propriedades nutricionais e sensoriais de produtos frescos. Neste contexto, as embalagens de alimentos são componentes essenciais, pois não servem apenas como recipientes de armazenamento, mas também devem fornecer proteção física e de barreira, garantindo a qualidade e a segurança dos alimentos. Além disso, as tendências atuais na indústria de embalagens de alimentos incluem o desenvolvimento de embalagens ativas ou inteligentes para estender o prazo de validade do produto e monitorar seu frescor ou outros parâmetros relacionados à qualidade. Em resposta a isso, novas abordagens para a produção de materiais de embalagem de alimentos, tais como a liberação controlada de compostos bioativos com atividades antioxidante e antimicrobiana da embalagem para o produto alimentício, estão sendo amplamente investigadas.
A incorporação de extratos naturais ou óleos essenciais, ricos em compostos fenólicos, em embalagens de alimentos é particularmente interessante, uma vez que apresentam propriedades funcionais que podem ajudar a retardar processos oxidativos e de deterioração microbiana (DAGLIA, 2012) e, ao mesmo tempo, fornecem benefícios diferentes para a saúde humana (SCALBERT et al., 2005). No entanto, sua aplicação em produtos alimentícios é limitada devido à sensibilidade de seus componentes bioativos a diversos fatores, como temperatura, pH, oxigênio, exposição à luz e enzimas (LU et al., 2011). Nesse sentido, a incorporação de extratos bioativos ou óleos essenciais em matrizes poliméricas biodegradáveis pode representar uma estratégia eficiente para preservar sua atividade biológica e funcional, e pode permitir sua liberação controlada para o produto alimentício sob condições específicas.
Devido às suas grandes áreas superficiais internas e altas relações superfície-volume, os materiais porosos, como os aerogéis, podem ser adequados para o desenvolvimento de sistemas de liberação controlada. O aerogel é uma rede polimérica que é expandida em todo o seu volume por um gás e é formada pela remoção de agentes de dispersão sem redução de volume substancial ou compactação da rede (LEVENTIS et al., 2010). Esses materiais são convencionalmente preparados a partir de compostos inorgânicos, como a sílica (FENG et al., 2016); no entanto, as tendências atuais impulsionam a utilização de materiais renováveis e de base biológica mais sustentáveis, como por exemplo, os polissacarídeos. O interesse particular dos aerogéis baseados em polissacarídeos está na sua alta capacidade de sorção de água, renovabilidade, sustentabilidade e baixo custo (MALLEPALLY et al., 2013).
A incorporação de extratos naturais ou óleos essenciais, ricos em compostos fenólicos, em embalagens de alimentos é particularmente interessante, uma vez que apresentam propriedades funcionais que podem ajudar a retardar processos oxidativos e de deterioração microbiana (DAGLIA, 2012) e, ao mesmo tempo, fornecem benefícios diferentes para a saúde humana (SCALBERT et al., 2005). No entanto, sua aplicação em produtos alimentícios é limitada devido à sensibilidade de seus componentes bioativos a diversos fatores, como temperatura, pH, oxigênio, exposição à luz e enzimas (LU et al., 2011). Nesse sentido, a incorporação de extratos bioativos ou óleos essenciais em matrizes poliméricas biodegradáveis pode representar uma estratégia eficiente para preservar sua atividade biológica e funcional, e pode permitir sua liberação controlada para o produto alimentício sob condições específicas.
Devido às suas grandes áreas superficiais internas e altas relações superfície-volume, os materiais porosos, como os aerogéis, podem ser adequados para o desenvolvimento de sistemas de liberação controlada. O aerogel é uma rede polimérica que é expandida em todo o seu volume por um gás e é formada pela remoção de agentes de dispersão sem redução de volume substancial ou compactação da rede (LEVENTIS et al., 2010). Esses materiais são convencionalmente preparados a partir de compostos inorgânicos, como a sílica (FENG et al., 2016); no entanto, as tendências atuais impulsionam a utilização de materiais renováveis e de base biológica mais sustentáveis, como por exemplo, os polissacarídeos. O interesse particular dos aerogéis baseados em polissacarídeos está na sua alta capacidade de sorção de água, renovabilidade, sustentabilidade e baixo custo (MALLEPALLY et al., 2013).
Metodologia
No Estudo 1 os extratos fenólicos e os óleos essenciais de fontes naturais serão obtidos, identificados e quantificados por cromatografia líquida ou gasosa. Os aerogéis serão produzidos a partir de polímeros biodegradáveis. Então, extratos ou óleos essenciais serão incorporadas em diferentes concentrações. A caracterização dos aerogéis se dará obtendo-se a morfologia, grupos funcionais, cinética de absorção de água, propriedades térmicas, estabilidade frente a temperatura e luz, avaliação das atividades antioxidante e antimicrobiana, ou demais que os biocompostos possam apresentar e cinética de liberação em diferentes meios simulantes de alimentos. No Estudo 2, os aerogéis bioativos serão aplicados e a avaliação da funcionalidade in situ em um alimento a ser definido.
Indicadores, Metas e Resultados
Desenvolvimento de Dissertações e Teses
Publicação dos resultados
Publicação dos resultados
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
ADRIANA DILLENBURG MEINHART | 2 | ||
ALVARO RENATO GUERRA DIAS | 2 | ||
BARBARA BIDUSKI | |||
BRUNA DA FONSECA ANTUNES | |||
CAMILA DE OLIVEIRA PACHECO | |||
Diego Araujo da Costa | |||
ELDER PACHECO DA CRUZ | |||
ELESSANDRA DA ROSA ZAVAREZE | 2 | ||
ESTEFANI TAVARES JANSEN | |||
ESTEFANIA JÚLIA DIERINGS DE SOUZA | |||
FELIPE NARDO DOS SANTOS | |||
FRANCINE TAVARES DA SILVA | |||
GABRIEL LUCAS PAIL | |||
GRACIELE SARAIVA LEMOS | |||
JÉSSICA BOSENBECKER KASTER | |||
LAURA MARTINS FONSECA | |||
LAURA MARTINS FONSECA | |||
MAIARA VARGAS MACIEL | |||
Milton Rodrigues Torres | |||
Samuel Machado Abreu |
Fontes Financiadoras
Sigla / Nome | Valor | Administrador |
---|---|---|
CAPES / Coordenação de Aperfeiçoamento de Nível Superior | R$ 30.000,00 | Coordenador |
Plano de Aplicação de Despesas
Descrição | Valor |
---|---|
339030 - Material de Consumo | R$ 30.000,00 |