Nome do Projeto
Múltiplas percepções sobre o Bioma Pampa: contribuindo para sua sustentabilidade.
Ênfase
Extensão
Data inicial - Data final
20/11/2024 - 31/12/2026
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Multidisciplinar
Eixo Temático (Principal - Afim)
Educação / Meio ambiente
Linha de Extensão
Educação Ambiental
Resumo
O presente projeto foi aprovado no Programa de Extensão da Educação Superior na Pós-Graduação (PROEXT-PG). Edital Nº. 2/2024 - PROCESSO Nº 23110.017456/2024-42, a ser realizado por uma equipe interdisciplinar de professores e professoras dos PPGs em Antropologia, Fisiologia Vegetal, Filosofia, Enfermagem, Biodiversidade Animal e Ensino de Ciências e Matemática, o que envolve os campos das humanidades, biologia, saúde e exatas. O projeto versa sobre a temática das transformações climáticas, perda de biodiversidade e soluções em termos de sustentabilidade, focando nos impactos de longa duração ao bioma Pampa, o segundo bioma mais afetado no Brasil. Do ponto de vista metodológico, envolve ações de exposição, oficinas, palestras e visitas guiadas em ambientes escolares do interior do estado e museus da UFPEL, bem como ações em ambientes virtuais. Considerando a necessidade de refletir junto à sociedade, através de atividades de extensão, sobre as condições atuais de perda de biodiversidade do bioma Pampa, especialmente nos últimos 150 anos, o presente projeto dialoga e colabora para a execução dos seguintes Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) promulgados pelas Nações Unidas: ODS 3 - Saúde e bem estar; ODS 4 - Educação de qualidade; ODS 13 - Ações contra a mudança global do clima; ODS 15 - Vida Terrestre. A articulação do projeto se dá com vários projetos de extensão coordenados pelos professores e professoras dos PPGs vinculados ao presente projeto.

Objetivo Geral

O Projeto tem por objetivo levar à sociedade elementos de reflexão sobre as condições atuais de degradação do bioma Pampa a partir da perspectiva da história de longa duração das populações humanas em sua relação com a fauna e flora, de maneira a gerar consciência e sensibilidade para práticas sustentáveis de conservação ecológica e de promoção de saúde e bem-estar, conforme as ODS promulgadas pelas Nações Unidas. Visa também tornar públicas estratégias de conservação de áreas de grande importância ambiental em voga no bioma Pampa, tanto de Unidades de Conservação já existentes, como de UCs em planejamento e elaboração. Refletir com o público sobre a senciência da fauna e flora pampeana, em busca de mudanças na perspectiva popular sobre animais e plantas não mais como seres passivos, mas como seres que agem sobre o mundo em diferentes dimensões ecológicas, econômicas, políticas e sociais. Estimular o pensamento crítico em torno das questões que envolvem a degradação, ambiental, social e econômica das populações humanas e os seres não-humanos, buscando estratégias de melhorias para as condições de vida e saúde na cidade e no campo. Publicar dados sobre a rede de relacionamento que gerou distúrbios intermediários positivos entre humanos e não-humanos no passado, ampliando a biodiversidade existente nas paisagens contemporâneas, como forma de saberes nativos - alternativas aos modelos ocidentais vigentes que levam à perda de biodiversidade.

Justificativa

Processos de mudanças climáticas e seus múltiplos efeitos são fatores fundamentais para o modelamento e evolução do planeta. A perda social e de biodiversidade aumentou significativamente desde o início da colonização europeia e, especialmente, ao longo do século passado, até um cenário crítico causado pela relação assimétrica de longa duração entre os humanos e a natureza, que tem gerado mudanças climáticas em escala global sem precedentes. A vulnerabilidade ambiental e a sua defesa é um dos desafios mais prementes dos nossos tempos, num contexto onde a escala da perda de biodiversidade e do impacto sobre as comunidades nativas (como grupos indígenas, quilombolas, ribeirinhos e pescadores tradicionais) têm acelerado ao longo das últimas décadas. Além da perda de fauna e flora, é sabido que a colonização e as economias globais contemporâneas desencadearam um processo de perda de conhecimento nativo local que hoje é considerado crucial para a gestão da biodiversidade. Bens patrimoniais culturais e naturais colaboram para a integração interdisciplinar de práticas contemporâneas de manejo e conservação de áreas ambientais em nível global vistas desde o holoceno médio até a atualidade, cuja materialidade compõe a origem das paisagens. É importante que a sociedade tome conhecimento da gênese das paisagens do Pampa em sua dimensão humana e não-humana, dada sua importância cultural, ecológica, sensorial e produtiva.

Metodologia

A metodologia do projeto será desenvolvida em três princípios: 1) divulgação científica de dados, reflexões e interpretações disponíveis na literatura pertinente ao tema. A divulgação científica ocorrerá em ações de exposições científicas em escolas públicas e privadas de municípios do sul do estado e no Museu de Ciências Naturais Carlos Ritter (IB/UFPel). Além disso, serão realizadas ações nas redes sociais (Instagram, Facebook e afins), no intuito de atingir o público não escolar que habita o ambiente virtual; 2) rodas de conversa com lideranças indígenas e/ou quilombolas, a fim de conectar o público escolar com saberes alternativos, enraizados em tradições de longa duração de boas práticas de manejo ambiental e conservação ecossistêmica e de saúde e bem-estar; 3) Em consonância a essas ações, oficinas, palestras e cursos serão oferecidos em ambientes escolares, tanto para docentes como para discentes.

Indicadores, Metas e Resultados

Etapa 1: estabelecer parcerias com escolas públicas e privadas de alguns municípios abarcados pelo bioma Pampa para participação no projeto.
Etapa 2: Organização de eventos como oficina, cursos e palestras junto a exposições para divulgação científica e reflexão junto às comunidades escolares sobre o tema do projeto. Serão elaborados materiais de divulgação científica através de banners e cartilhas.
Etapa 3: Durante as atividades em ambiente escolar, promover rodas de conversa com lideranças indígenas e/ou quilombolas.
Etapa 4: Divulgação das atividades da equipe nas mídias sociais.

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