Portal InstitucionalUFPEL

A cidade enquanto forma apresenta problemas sociais e ambientais que impossibilitam que o cidadão desfrute da urbanidade devida. E isto não é mais possível admitir, uma vez que sabe-se que a maioria da população vive nas cidades e o modo de vida que vivemos não apresenta sinais de caminhar para sustentabilidade. Neste sentido, o projeto hortas urbanas visa, com uma simples ação, promover mais um passo para caminharmos em direção da sustentabilidade. Seja porque as hortas auxiliam na saúde; seja porque as hortas incentivam o consumo de verduras, chás e legumes; seja porque as hortas são orgânicas e se ancoram na agroecologia melhorando a vida das pessoas e do meio ambiente; seja porque as hortas incentivam um voltar para fazer e não comprar; seja porque as hortas incentivam uma paisagem urbana que permitem combater problemas ambientais; seja porque as horta envolvem o fazer junto solidariamente. Efetivamente o projeto se apresenta como uma alternativa de cidade, cuja a tarefa será incentivar a organização de hortas urbanas na cidade, mudando a paisagem urbana em direção a sustentabilidade.

O projeto será realizado nas cidades, em terrenos com espaço para organização de hortas, podendo ser elas suspensas ou não. O local para o o piloto será a UBS da General Osório. Os funcionários do posto e a equipe de saúde, junto com a UFPEL e Embrapa, irão organizar o projeto com a comunidade. Para isto, acontecerão reuniões preparatórias entre comunidade e equipe que envolverão:
-Geocinema- projeto já cadastrado na universidade no qual é exibido uma película e depois é discutido as impressões dos participantes.
-Oficinas- Será realizados oficinas para aprendizagem do plantio orgânico, uso de chás e culinária.
-Palestras- será feito palestras sobre sustentabilidade que envolve: alimentação, saúde, a agricultura, a economia e a cidade.
-Feira Urbana – esse encontro propõe o intercâmbio de conhecimentos e sementes e mudas entre os moradores locais. Nesse momento, busca-se incentivar a comunidade para implantação de hortas urbanas domésticas, fortalecendo o consumo de alimentos agroecológicos e plantas medicinais.
Após o trabalho preparatório, será iniciado o plantio, cuidado e colheita. O aproveitamento dos produtos da colheita será discutido com o grupo de participante de todo o processo.
A extensão não se faz sem a pesquisa. Neste processo a equipe envolvida lançará mão de várias metodologias de pesquisa para desenvolver suas ações, mas sobretudo a pesquisa-ação é quem norteará esta pesquisa. Pois será realizado para cada projeto de hortas os seguintes passos: “Planeja-se, implementase, descreve-se e avalia-se uma mudança para a melhora de sua prática, aprendendo mais, no correr do processo, tanto a respeito da prática quanto da própria investigação”. (TRIPP,p. 445, 2015).

• Proporcionar alternativas de gestão dos espaços urbanos, por meio do aproveitamento destas áreas, partindo da construção da horta agroecológica urbana na UBS Osório;
• Incentivar práticas de plantio tanto de espécies arbustivas, como as de culturas anuais cultivadas, que melhor se adaptem as áreas de plantio e ao paladar dos moradores locais; neste caso, visa-se também o aumento do consumo por produtos não industrializados, diminuindo os gastos econômicos no mercado, criando melhores condições de saúde;
• Incentivar a propagação de conhecimento no cultivo e usos de plantas medicinais, para a prevenção e cura de enfermidades, substituindo, quando possível, o uso de medicamentos industrializados; trata-se de construir alternativas de capital social por meio da identificação de plantas medicinais, modos de uso, precauções e seus benefícios;
• Estimular o pensamento crítico em torno das questões que envolvem a degradação social, ambiental e econômica das populações urbanas, buscando estratégias de melhorias para as condições de vida na cidade;
• Promover encontros entre a comunidade científica, escolar, e moradores locais, estimulando a troca de conhecimentos e a ruptura das fronteiras simbólicas que isolam os atores sociais envolvidos.