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Atualmente, o mercado assinala um aumento na demanda de Engenheiros de Petróleo, não mais com objetivo exclusivo de atender o desenvolvimento do Pré-Sal, mas sim, em decorrência das ações governamentais desenvolvidas com o objetivo de incentivar o redesenvolvimento de campos maduros, marginais e de novas fronteiras exploratórias, como o Programa de Revitalização da Atividade de Exploração e Produção de Petróleo (REATE) e o Programa de Revitalização e Incentivo à Produção de Campos Marítimos (PROMAR). Adicionalmente, identifica-se uma abertura do mercado de gás, que pode contribuir substancialmente com o aumento da demanda. Visão esta suportada pela porcentagem de egressos atuando no mercado e a elevada taxa de alunos em estágio. Por fim, destaca-se a abertura de oportunidades aos Engenheiros de Petróleo em relação à área de Energia, com a adaptação de seus conhecimentos para o desenvolvimento de outros campos, buscando também uma transição
energética mais eficiente na utilização de recursos energéticos. Baseado nas atuais e futuras condições citadas ao mercado do petróleo e energia e associado à carência de estudos a potenciais plays produtivos da região, como a Bacia de Pelotas, justifica-se a contínua formação de Engenheiros de Petróleo na Universidade Federal de Pelotas.

Ser capaz de abordar, com atitude investigativa, tanto problemas tradicionais quanto problemas novos, e abordar fenômenos, do cotidiano e/ou de interesse puramente acadêmico, partindo de princípios e leis fundamentais, com preocupação quanto à forma de transmitir idéias, conceitos e teorias pertinentes; Ser capaz de criar em laboratórios ambientes que simulem as situações encontradas no desenvolvimento da ciência em geral e da Engenharia de Petróleo em particular, além de improvisar e criar novos experimentos fazendo uso da integração de seus conhecimentos em Engenharia de Petróleo, Química, Física e Computação Básica; O Engenheiro de Petróleo, em particular, deverá ainda ter habilidades específicas para atuar em projetos de pesquisa em Engenharia de Petróleo, habilidades estas desenvolvidas nas disciplinas de formação avançada em Engenharia de Petróleo e nas atividades de iniciação científica, além de ter uma sólida formação em cultura geral e humanidades; Possuir conhecimento sólido e atualizado em Engenharia de Petróleo. Em particular, deve ser um profissional com capacidade para buscar a atualização de conteúdos em Engenharia de Petróleo através da educação continuada, pesquisa bibliográfica e uso de recursos computacionais e Internet; Ser capaz de manter uma ética de atuação profissional que inclua a responsabilidade social e a compreensão crítica da ciência e educação como fenômeno cultural e histórico.

Centrado na premissa que a formação é resultado da integração de competências, habilidades e conhecimentos, os componentes curriculares e as
metodologias de ensino e avaliação de aprendizagem foram atualizados visando atender o cenário atual e futuro da carreira de um Engenheiro de Petróleo. Sustentado pelo mercado, pelos egressos e pela expertise do corpo docente vigente almeja-se ao egresso do curso de Engenharia de Petróleo da Universidade Federal de Pelotas a capacidade de avaliar o impacto das suas atividades, atuando de forma técnica e economicamente responsável, bem como com consciência ambiental e social.
Neste sentido, ao longo de sua formação, o futuro egresso será exposto continuamente a conhecimentos sólidos e atualizados, compreendendo fundamentos científicos e tecnológicos. Tais conhecimentos serão testados e fixados aos egressos, através de projetos que sejam correlacionados às demandas nacionais e internacionais, diagnosticando problemas e propondo soluções, por meio da integração de conhecimentos às outras áreas, atuando em equipes multidisciplinares e multilinguísticas, como também apresentando iniciativa e comunicação eficiente. Outro ponto de destaque é a obtenção de egressos com habilidades, e consequente competências, a ferramentas computacionais da área de Engenharia de Petróleo, visto a estrutura disponível para o desenvolvimento de atividades práticas e expertise do corpo docente vigente.
No momento de construção do presente relato (06/2022), o Curso tem 128 egressos.

https://wp.ufpel.edu.br/engenhariadepetroleo/files/2021/07/curriculo_curso_6500-v5.pdf

O Sistema de Avaliação do Processo Ensino e Aprendizagem do curso de Engenharia de Petróleo é focado na premissa que a cultura avaliativa, inerente às ações educativas, surge como elemento determinante para o sucesso na gestão dos cursos, na medida em que permite um olhar cuidadoso, constante e global aos processos educativos. Este deve ser realizado continuamente, com metodologias, modalidades e mecanismos variados de modo a informar à comunidade envolvida acerca do desenvolvimento didático-pedagógico do ensino, da evolução do processo de pesquisa, da extensão e da gestão. Os processos avaliativos possuem como foco as dimensões: avaliação da aprendizagem, a ação dos docentes, a gestão dos cursos, a estrutura curricular e a interface entre ensino, pesquisa e extensão no contexto da avaliação institucional.

A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM tem o objetivo de avaliar o desempenho acadêmico do estudante para que, com isso, possa intervir de forma mais assertiva para que ele(a) possa conhecer melhor suas possibilidades, potencialidades e limites. Assim, deve: considerar o fato de que as metodologias ativas de ensino são ferramentas recomendada pelas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia (Resolução no 2, de 24 de abril de 2019); promover a autonomia do estudante por meio de processos transparentes e autoavaliativos; ter como objetivo os aspectos qualitativos, no ato avaliativo, tendo na dimensão quantitativa, os meios, e não os fins; permitir, a partir de avaliações baseadas
em critérios justos e equânimes, o crescimento do estudante e não a sua classificação e exclusão.

A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM pauta-se na norma definida, para esse fim, na UFPEL (Regulamento do Ensino da Graduação - Resolução no 29, de 13 de setembro de 2018). Como, também, nas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia (Resolução no 2, de 24 de abril de 2019). De modo diferenciado, as atividades de Trabalho de Conclusão Curso (TCC) e Estágio Obrigatório seguem um sistema baseado nos conceitos Aprovado ou Reprovado. O Estágio Obrigatório é avaliado por um profissional de nível superior do local de estágio, na forma de supervisor, e por um professor do Curso de Engenharia de Petróleo, na forma de orientador. A avaliação dessas atividades (TCC e Estágio) é realizada em formulário próprio. As atividades complementares, por seu turno, são avaliadas por Comissão própria, considerando o estudante apto ou não à carga horária destinada para esse fim. Já, a AVALIAÇÃO DO ENSINO envolve tanto as práticas pedagógicas, quanto o programa da atividade
curricular, o professor e o próprio estudante. Essa avaliação é realizada por meio de formulário aplicado, via sistema acadêmico, de acordo com cronograma específico, estabelecido pela Comissão Própria de Avaliação, da UFPel.

Em pesquisa realizada aos currículos profissionais disponíveis na plataforma LinkedIn®, onde foi possível localizar a informação de 100 egressos (78% dos egressos), identifica-se que dentre estes que 78% encontram-se ativos no mercado de trabalho, sendo33% atuando especificamente na indústria do petróleo, os demais 22% encontram-se na pós-graduação. Se avaliado os últimos 3 anos (2019-2022), a porcentagem de egressos atuando especificamente a indústria do petróleo cresce para 71,4%, enquanto na pós-graduação fica em 18%. Ademais se destaca a alta demanda por discentes do curso para atividades de estágio, o que é comprovado por quase a totalidade dos discentes em condições, encontram-se estagiando. Isso é resultado da qualidade e dedicação de nossos egressos, que deixam marcas positivas nas empresas em que atuam.