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O Curso de Bacharelado em Química de Alimentos, pertencente a UFPel, foi pioneiro no país, criado em 1996, em função da lacuna por um profissional habilitado na área de Ciência e Tecnologia de Alimentos.
O Curso foi oferecido a partir de 1997 no turno diurno, com um número inicial de 20 vagas anuais. De 2000 a 2014 colaram grau, aproximadamente, entre 8 a 28 alunos, com média de 17. Cabe ressaltar que até 2009, os alunos ingressavam no Curso pelo vestibular.
O número de vagas ofertadas foi modificado em função da dinâmica das diretrizes institucionais e o currículo passou por algumas alterações voltadas à reestruturação de disciplinas e adaptação do perfil do profissional às necessidades de mercado e exigências legais. Desde 2015, o Curso oferece 33 vagas, sendo 3 delas destinadas aos estudantes do ensino médio inscritos na modalidade PAVE (Programa de Avaliação da Vida Escolar) e 30 pelo SISU. De acordo com os dados coletados no Cobalto/UFPel, de 2015 a 2018, o número de formados variou de 1 a 11, com média de 7. Ingressaram no Curso entre 2014 e 2021, de 27 a 37 alunos por ano, com média de 32,62. Em relação aos dados de cancelamento, desligamento, trancamento, reopção, abandono e transferência, nesse período, de 14 a 27 alunos evadiram do Curso, com média de 21,37.
Estudos realizados em disciplinas do Curso mostraram que dentre os fatores que levaram ao alto índice de reprovação e com isso a evasão estão relacionados a forma de ingresso na Universidade através do Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM) e Sistema de Seleção Unificada (SiSU), que permite a mobilidade do estudante entre Universidades e entre Cursos. Com isso, muitas vezes ingressam na Química de Alimentos em função de sua pontuação no ENEM, porém não seria o Curso de sua preferência. Outro fator, é a dificuldade encontrada pelos alunos nas disciplinas da área das Ciências Exatas nos primeiros semestres. Como o Curso extinguiu a obrigatoriedade do aluno cursar disciplinas como pré-requisito, muitos não seguem a grade curricular, levando a reprovações e evasão do Curso (DE ASSIS et al., 2016; BORBA et al., 2019). O novo projeto pedagógico que será implementado em 2023 voltará a ter pré-requisito em algumas disciplinas. Outras justificativas abordadas por Rissi e Marcondes (2011) são: a dificuldade pessoal de adaptação à vida universitária, a escolha precoce da profissão, a formação escolar anterior e dificuldades na relação ensino-aprendizagem.
Porém, em 2022 com os reflexos da pandemia de Covid-19, causada pelo vírus SARS-CoV-2, o ingresso no Curso caiu expressivamente para 18 alunos. Assim, objetiva-se com o projeto desenvolver atividades para reduzir a evasão e atrair novos estudantes ao Curso de Bacharelado em Química de Alimentos.

Ações serão realizadas a fim de estimular a permanência dos alunos no Curso como reuniões periódicas com os tutores; ações relacionadas ao bem estar dos alunos e estratégias de aprendizagem, assim como a avaliação das disciplinas e professores através de questionários, a fim de orientar as modificações no projeto pedagógico do Curso.
Em relação as ações para divulgação do Curso, além da participação deste na Mostra de Cursos da UFPel, Ruas de Lazer e Mundo UFPel, os professores visitarão escolas de ensino médio e materiais para a divulgação do Curso serão produzidos.

Espera-se com as ações do projeto atrair novos alunos e reduzir a evasão no Curso de Bacharelado em Química de Alimentos.